Guido Mantega perde o juízo e afirma que eventual calote da dívida argentina não afetará o Brasil

guido_mantega_29Fora da curva – Imagine, prezado leitor, o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, admitindo que o eventual calote argentino, se confirmado, afetará as relações do país sul-americano com o Brasil. Isso seria um lapso de bom senso de Mantega, que nem de longe tem coragem para tanto. Nesta quinta-feira (31), o titular da Fazenda negou qualquer possibilidade de problemas nas relações entre a Argentina e o Brasil por conta desse “default” que com o passar das horas se aproxima cada vez mais da seara da realidade.

Tivesse feito declaração contrária, portanto correta, Guido Mantega teria não apenas concordado com os fundos batizados como “abutres” pelos argentinos, mas colocado na vitrine da polêmica o fracasso da política internacional adotada pelo desgoverno da companheira Dilma Rousseff, que sem qualquer explicação o mantém no cargo, apesar de todos os fracassos na condução da política econômica.

Desde a chegada do PT ao Palácio do Planalto, que se deu com a posse do agora lobista Lula, o governo federal focou suas relações internacionais nas questões ideológicas, deixando para trás os muitos interesses do País, como se o Brasil fosse uma nação órfã de problemas e necessidades.

Nesses onze anos e meio de administração petista, o governo se preocupou apenas com as questões do Mercosul e com as pendengas que marcaram o cotidiano de alguns ditadores espalhados pelo planeta. Sem contar os salamaleques disparados na direção de alguns camaradas esquerdistas, como, por exemplo, Fidel Castro e seus aduladores.

Correndo por fora

Com a decisão de Lula e Dilma, junto com companheiros de luta, de transformar o Mercosul em um reduto da obtusa ideologia esquerdista que sopra na América do Sul, deixando de lado o propósito inicial do bloco que é a criação de uma zona de comércio, o Brasil foi se distanciando de parceiros econômicos, que à sombra da crise internacional buscaram soluções para seus problemas.

Os Estados Unidos selaram parceria econômica com a União Europeia, ao mesmo tempo em que países dama os retoques finais da chamada Aliança do Pacífico, bloco de cooperação econômica que congrega atualmente vinte um países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Tailândia e Vietnam.

O Brasil, reduto dos herdeiros tropicais de Aladim, permaneceu a maior parte do tempo se preocupando com questões com viés ideológico e acabou por financiar obras desnecessárias, como a construção do porto de Mariel, em Cuba. Sem contar a dinheirama enviada para Cuba e Angola, operação escusa que por ordem de Dilma Rousseff permanecerá sob sigilo absoluto até 2027, pelo menos.

Fio da navalha

Terceiro maior destino das exportações brasileiras, que não andam bem das pernas, a Argentina deverá se fechar ao mercado externo caso fracasse a derradeira tentativa de solucionar a dívida do país, ou seja, consumando-se o calote (default, no jargão do mercado financeiro). Nesse cenário, que tem todos os ingredientes para ingressar no universo da realidade, não há como o Brasil escapar dos respingos, os quais deverão incrementar a crise verde-loura.

Admitir a verdade dos fatos, sem enganar a população, seria a atitude mais correta dos palacianos, começando por Dilma Rousseff, que sabendo das consequências nefastas de eventual calote argentino tentou, sem sucesso, conseguir um empréstimo emergencial para o governo da camarada Cristina de Kirchner, a bolivariana. Isso significa que os brasileiros de bem, que passam a léguas de distância das esmolas oficiais, devem apertar ainda mais o cinto, pois em breve o piloto há de sumir.

O pior nessa ópera bufa é que Dilma continua a decidir o futuro do Brasil, enquanto Mantega, os destinos da economia. Como disse certa feita um gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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