CPI da Petrobras: PPS quer anular depoimentos de Maria das Graças Foster e Sérgio Gabrielli

graca_foster_07Alça de mira – Deputado federal pelo Paraná e líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno protocolou, nesta segunda-feira (4), requerimento que pede a nulidade dos depoimentos, às comissões que investigam irregularidades na Petrobras, da presidente da companhia, Maria das Graças Foster, e de José Sérgio Gabrielli, que presidia a empresa à época da compra da refinaria de Pasadena (EUA). A denúncia de combinação de respostas aos parlamentares foi feita pela revista Veja na edição que chegou às bancas e aos assinantes no último final de semana.

Gabrielli e Foster, de acordo com a revista, receberam antecipadamente as perguntas que lhes seriam dirigidas na CPI do Senado. Bueno acredita que as trocas de informações denunciadas por Veja podem ter sido repetidas na ocasião em que Maria das Graças Foster e José Sérgio Gabrielli depuseram na comissão mista, que reúne deputados e senadores, e não apenas no colegiado formado no Senado.

Rubens Bueno solicita também que sejam afastados – da CPI e da CPMI – os parlamentares envolvidos na troca de informações, por “suspeição de conluio, a fim de evitar novos episódios de obstrução à instrução criminal, enquanto se procede à apuração dos fatos”.

O requerimento é destinado ao presidente da CPMI e da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Bueno é titular da comissão mista. Na opinião do líder do PPS, “é inaceitável que colegas parlamentares, indicados por suas lideranças para investigar, atuem descaradamente para beneficiar os suspeitos”.

O deputado paranaense cita artigo do Código de Processo Penal para embasar o pedido de afastamento de membros das comissões citados na denúncia, alegando “conveniência da instrução criminal”.

Em outros requerimentos protocolados nesta segunda-feira, Rubens Bueno pede, também, a convocação, para depor na CPMI, dos envolvidos no “conluio” denunciado pela revista: Eduardo Sobral Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília; Carlos Hetzel, secretário parlamentar da liderança do PT no Senado; Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Marco Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; Bruno Ferreira, advogado da Petrobras; e José Eduardo de Barros Dutra, diretor da Petrobras.

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