Mercado reage diante da chance de 2º turno na disputa pelo Planalto, mas crise econômica é grave

pesquisa_07Hora da verdade – O mercado financeiro nacional reagiu positivamente à recente pesquisa Datafolha, que aponta Marina Silva, presidenciável que aguarda oficialização por parte do PSB, em segundo lugar na corrida presidencial, com 21% das intenções de voto. Em terceiro lugar, com 20%, está o tucano Aécio Neves, que antes da tragédia com Eduardo Campos estava na segunda colocação.

A reação do mercado se deve ao fato de que o levantamento do Datafolha mostra ser inevitável um segundo turno para decidir quem comandará o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2015. Ainda na liderança, a petista Dilma Rousseff tem 36% de intenções de voto e de acordo com a pesquisa perderia a eleição no segundo para Marina Silva.

O principal detalhe nessa reação é que o mercado financeiro está cada vez mais cético em relação a um novo governo de Dilma, que ao longo de quase quatro anos conseguiu arruinar a economia nacional, a ponto de as projeções para o PIB deste ano apontarem para um crescimento que caminha na direção de meio ponto percentual, índica pífio para um país chamado de emergente.

Independentemente de quem vença a corrida presidencial, a economia brasileira dependerá de medidas impopulares para voltar aos trilhos e retomar o crescimento sustentável, algo que há anos não acontece. Esse cenário de descontrole decorre de uma política econômica equivocada, defendida por um governo paralisado e que insiste em soluções utópicas para a crise que só faz crescer.

A grande questão é que muitos setores da economia já estão com a corda no pescoço. Para piorar o que já é sabidamente ruim, o endividamento dos cidadãos se aproxima cada vez mais da renda do trabalhador, o que reflete a possibilidade crescente de uma onda de calote.

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