Líder do PPS quer que CPI apure transferência de imóveis da presidente da Petrobras

graca_foster_05Pente fino – Deputado federal pelo PPS e líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR) protocolou, nesta quarta-feira (20), requerimento em que solicita à CPMI da Petrobras acesso a documentos de cartórios do estado do Rio de Janeiro que comprovariam que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, transferiu a pessoas próximas imóveis de sua propriedade por temer possível bloqueio dos mesmos, a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU).

Bueno é membro da Comissão Parlamentar que investiga as irregularidades da estatal.

De acordo com reportagem do jornal “O Globo”, publicada na edição desta quarta-feira, documentos oficiais revelam que, em 20 de março passado, Foster doou a parentes “com reserva de usufruto” dois imóveis: um apartamento em Rio Comprido e um imóvel na Ilha do Governador.

Ex-diretor da Área Internacional da petroleira verde-loura, Nestor Cerveró também teria recorrido à doação de imóveis a parentes após estourar o escândalo sobre a compra da obsoleta refinaria de Pasadena, no Texas.

Rubens Bueno anunciou a medida durante reunião da CPMI e instantes após o jornal carioca revelar as manobras de Foster e Cerveró.

“É denúncia da mais alta gravidade. Ora, se eu tenho bens e tenho consciência e razão de que fiz o correto por que eu repassei meus bens a terceiros? Então, não podemos passar em branco. A CPMI precisa tomar providência para que isso não fique desta forma”, disse o parlamentar do PPS.

O requerimento de Rubens Bueno deverá ser apreciado na próxima reunião deliberativa da CPMI da Petrobras.

Deputada do PT tenta defender acusados

Logo após a fala de Rubens Bueno, a deputada Iriny Lopes (PT-ES) tentou defender Maria das Graças Foster da nova e grave acusação. “É uma denúncia que o deputado sequer pode comprovar”, disse a petista, que recorreu ainda à velha tática de dizer que as acusações têm “foco eleitoral”.

O líder do PPS reagiu imediatamente: “É uma investigação do jornalismo brasileiro que a senhora quer controlar. É um trabalho da imprensa que foi aos cartórios do Rio de Janeiro. O povo brasileiro não aceita tamanha roubalheira e assalto ao patrimônio público”, emendou Bueno.

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