Em Bagdá, John Kerry promete apoio dos EUA no combate ao “Estado Islâmico”

john_kerry_06Preparando o terreno – Dois dias após a posse do novo primeiro-ministro do Iraque, Haidar al-Abadi, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, visitou a capital iraquiana nesta quarta-feira (10). Em Bagdá, Kerry afirmou que o presidente dos EUA, Barack Obama, apresentará em breve um plano de batalha para combater o “Estado Islâmico” (EI). Na verdade, Obama agendou um pronunciamento para noite desta quarta-feira, quando anunciará o plano de combate ao EI. O que se sabe é que o governo dos EUA não enviará tropas para ações terrestres, mas combaterá os extremistas com incursões aéreas.

Além disso, o secretário norte-americano declarou que a reconstrução do exército iraquiano faz parte da estratégia global de Obama. “O Exército do Iraque será reconstituído e treinado por meio de diversas estratégias diferentes, não só com a ajuda dos Estados Unidos, mas também de outros países”, afirmou Kerry.

O político americano não deu detalhes dos planos, mas garantiu que nem os Estados Unidos ou o resto do mundo vão ficar parados observando os jihadistas espalhar o seu terror. “Tanto os Estados Unidos, quanto o resto do mundo, precisam apoiar essa batalha iraquiana”, disse.

Em Bagdá, Kerry se encontrou com os novos líderes iraquianos e prometeu apoio americano no combate ao EI. O secretário anunciou a doação de 48 milhões de dólares do governo americano para agências da ONU e de outras organizações de ajuda humanitária. O dinheiro é destinado para aliviar o sofrimento das cerca de 1,8 milhão de pessoas que foram deslocadas pelo EI.

Apelo à comunidade internacional

O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, aproveitou a visita para pedir ajuda da comunidade internacional na luta contra os radicais islâmicos. “É preciso agir rápido para barrar a expansão dessa úlcera cancerígena”, declarou Abadi.

“É claro que é nosso papel defender nosso país, mas a comunidade internacional também tem a responsabilidade de proteger o Iraque e toda a região. O que está acontecendo na Síria está vindo para o Iraque. Há um papel para a comunidade internacional, para as Nações Unidas e para os Estados Unidos: agir imediatamente para parar essa ameaça”, afirmou Abadi.

Kerry aproveitou a oportunidade para elogiar a nova liderança iraquiana e o compromisso assumindo por ela no combate aos jihadistas e também em promover reformas políticas no país. “Nós estamos muito animados”, declarou.

Bagdá foi a primeira parada de Kerry na viagem pela região para conseguir apoio para a nova estratégia americana no combate aos radicais islâmicos do EI, que controlam parte do Iraque e da Síria. O secretário afirmou que a manobra só será bem sucedida com o apoio “de uma coalizão ampla de parceiros ao redor do mundo”.

De Bagdá, Kerry seguiu para a Jordânia, onde se encontra com o rei Abdullah 2º. Na quinta-feira, o secretário se encontra na Arábia Saudita com representantes sauditas, além de lideranças do Kuwait, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Qatar, Jordânia, Egito, Turquia e Omã. (Com agências internacionais)

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