Para ajudar Dilma, governo do PT anuncia a redução da miséria com dados oficiais maquiados

dinheiro_43Vale tudo – Apesar da pequena reação de Dilma Vana Rousseff nas pesquisas eleitorais, o que não significa que a corrida presidencial será liquidada no primeiro turno, o staff da campanha petista não se incomoda em fazer uso de dados maquiados ou defasados para “vender” à opinião pública uma mentira travestida de meia verdade. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), há uma defasagem nos valores correspondentes às chamadas linhas da miséria e da pobreza. Com isso, os números sobre a redução da pobreza podem estar distorcidos. De igual modo, inexistem indicadores de porta de saída do programa Bolsa Família.

O TCU mostra que há uma defasagem no valor das linhas que separam miseráveis e pobres da classe média devido ao aumento da inflação e do dólar nos últimos anos. Os valores de R$ 77 per capita, que o governo considera como linha da miséria, e R$ 154, da pobreza, deveriam ser reajustados para R$ 100 e R$ 200, respectivamente. O reajuste é necessário para atender ao valor de referência internacional que baseou a implantação do Bolsa Família. Por esse princípio, quem é classificado como pobre ou miserável passa a ter direito ao benefício.

O deputado federal Raimundo Matos (PSDB-CE), acusou o governo petista de ser especialista na maquiagem de números oficiais. O tucano fez duras críticas à presidente Dilma Rousseff por utilizar números defasados como mote de campanha. “O governo petista é expert em maquiar dados e divulgar fatores não reais, como observamos nesse caso apontado pelo TCU”, disse. “O governo não fala a verdade, como sempre, e não dá transparência aos indicadores em sua publicidade”, afirmou.

Candidata à reeleição, Dilma faz questão de destacar em seus depoimentos que 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza com os programas assistenciais do governo. Fica constatado, porém, que o número é fundamentado em dados defasados, e por isso essa é mais uma “meia verdade” apregoada pela petista.

Como tem insistido o ucho.info, a incapacidade do governo em controlar a economia, permitindo o retorno do processo inflacionário, com preços em constante elevação, faz com que aqueles que tiveram a oportunidade de sair da linha da miséria, ou mesmo da pobreza, obrigatoriamente retornem ao antigo patamar. Até porque, as linhas da miséria e da pobreza devem ser reavaliada a cada salto da inflação. Esse caos que se impõe aos desassistidos seria evitado se houvesse programas efetivos que garantissem a inclusão social e real melhoria da qualidade de vida da população mais pobre.

Matos saiu em defesa da recomendação feita pelo TCU ao governo de que é preciso melhorar os indicadores dos programas sociais, além de trabalhar para criar ações de “porta de saída” para os beneficiários. “Sem ter uma contrapartida dos beneficiários tende-se a vulgarizar os programas e fazer clientelismo com eles. Com a banalização do Bolsa Família ficou até difícil acompanhar o programa”, concluiu.

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