Bomba-relógio – A cada dia que surge fica mais evidente o fracasso da política econômica adotada pelo governo petista de Dilma Vana Rousseff, a presidente que apesar de todos os fiascos tenta a reeleição. Desde que a crise se instalou na economia verde-loura, Dilma e seus estafetas de plantão têm insistido em afirmar que a culpa é do cenário internacional. Acontece que esse discurso não convence, pois os países mais afetados pela crise de 2008-2009 já externam sinais de recuperação, começando pelos Estados Unidos, que sangrou na esteira do imbróglio dos “subprimes”.
Nesta quinta-feira (18), o IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), que mostram o aumento do desemprego em todo o País. De acordo com a PNAD, em 2013 a taxa de desemprego ficou em 6,5%, acima dos 6,1% registrados no ano anterior. Trata-se da primeira alta desde 2009, ano em que a crise global mostrou de vez as suas garras.
Em dezembro de 2008, o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros que elevassem o consumo interno como forma de combater uma crise que à sombra da galhofa foi chamada de “marolinha”. Ou seja, Lula queria corrigir os erros cometidos pelo governo atirando os brasileiros incautos na vala do consumismo. Mesmo sendo acusado de torcer contra o Brasil, o ucho.info manteve sua posição crítica à medida do governo central, sempre destacando que a fórmula palaciana tinha todos os ingredientes para desaguar no caos.
Apresentada ao eleitorado como a “garantia de continuidade”, Dilma Rousseff não decepcionou seu mestre e deu sequência às políticas econômicas equivocadas. Tanto é assim, que mesmo com a elevação do nível do desemprego a inflação não perdeu força, pelo contrário. No momento em que o mais temido fantasma da economia mostra resistência, o desemprego normalmente atenua a força da inflação. No Brasil do PT, essa fórmula não funcionou porque o Palácio do Planalto continuou apostando no consumismo e no crédito fácil.
A situação vem piorando de maneira assustadora, a ponto de a indústria nacional estar sinalizando com a possibilidade de intensificar as demissões, que até agora têm ocorrido de forma tênue.
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela números nada animadores. De acordo com a instituição, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria brasileira subiu dois pontos porcentuais em agosto, na comparação com julho, registrando 72%, ante 70%. Mesmo assim, a indústria registrou recuo da produção. Em agosto, o índice de produção caiu para 48,2 pontos, contra 48,8 pontos registrados em julho. Os dados constam da pesquisa Sondagem Industrial, da CNI.
“Esperávamos alguma melhora na comparação com julho e junho, que foram meses afetados pelas paralisações parciais e totais por conta da Copa do Mundo e também por conta da proximidade do período do final de ano, mas o cenário em agosto permaneceu tão negativo quanto nos meses anteriores”, afirma Marcelo Azevedo, economista da CNI.
O quadro negativo da economia verde-loura está levando os empresários a preverem demissões nos próximos seis meses. “A expectativa de queda do número de empregados para os próximos seis meses é a mais intensa e disseminada pela indústria”, afirma a entidade que representa o setor industrial. O índice de emprego na indústria melhorou em agosto, subindo para 46 pontos, contra 45 registrados em julho. Contudo, essa melhoria não significa recuperação. Índice abaixo de 50 pontos na pesquisa representa retração.
A expectativa negativa já tem impacto na previsão de geração de vagas em setembro, com a indústria esperando 47,8 pontos para o indicador, nível mais baixo desde 2009. Esse cenário confirma as previsões feitas pelo ucho.info ao longo dos últimos cinco anos, período em que o editor foi duramente atacado por integrantes do governo e representantes da “esquerda caviar”, sempre a incensar os seguidos erros da administração petista. Não se trata de bola de crista, mas de analisar os fatos de forma lógica e coerente, sempre levando em conta a fanfarrice de um governo que é adepto da pirotecnia.
