FIFA: Joseph Blatter alega “súplicas” de cartolas e oficializa candidatura à reeleição

joseph_blatter_25Sempre ele – O presidente da FIFA, Joseph Blatter, oficializou nesta sexta-feira (26) a sua candidatura à reeleição para a presidência da entidade. O suíço, que comanda a federação desde 1998, participará pela quinta vez do pleito. A votação será realizada em 29 de maio de 2015.

“Aceitei o pedido de algumas confederações para disputar um novo mandato”, disse Blatter ao final do encontro do Comitê Executivo da entidade. “Minha missão ainda não chegou ao fim.”

Com a desistência no final de agosto do presidente da UEFA, Michel Platini, até então o mais ferrenho concorrente, não há sérios candidatos rivais na disputa com Blatter. O único adversário ao quinto mandato de Blatter é o ex-vice-secretário-geral da FIFA, Jérôme Champagne. Mas o próprio francês já admitiu ser difícil derrotar o atual presidente.

Relatório sobre compra de votos em sigilo

No mesmo evento, Blatter confirmou que a FIFA proibirá que empresários tenham participação sobre jogadores. Ele afirmou que um grupo de trabalho será criado para implementar a proibição, que entrará em vigor após um “período de transição”.

“Tomamos uma decisão firme de que a participação de terceiros deve ser banida, mas não imediatamente. Haverá um período de transição”, afirmou o dirigente depois da reunião do comitê.

O anúncio de Blatter foi feito após pressão da UEFA – comandada por Platini – que ameaçou tomar tal decisão unilateralmente na Europa caso a FIFA não agisse sobre o tema. A nova norma visa a impedir o “fatiamento” dos direitos federativos dos atletas entre diversos grupos de investimentos, prática comum no Brasil e na Argentina.

Por fim, o presidente da FIFA anunciou ainda que, apesar de grande pressão da opinião pública, o relatório sobre as denúncias de corrupção na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 – Rússia e Catar, respectivamente – não será divulgado. Nenhum membro do Comitê Executivo pediu pela publicação, argumentou Blatter. A Comissão de Ética da FIFA, que detém o relatório de cerca de 350 páginas, precisa do aval do Comitê Executivo para a divulgação. (Com agências internacionais)

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