Relação entre Odebrecht e Paulo Roberto Costa reforça necessidade de quebra de sigilos de empreiteiras

dolar_44Máquina de dinheiro – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) disse, nesta quinta-feira (2), que a revelação de que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, recebeu US$ 23 milhões da Odebrecht reforça a tese defendida pelo partido da necessidade da quebra dos sigilos das empreiteiras que mantiveram contratos com a petroleira intermediados pelo doleiro Alberto Youssef.

De acordo com reportagem de hoje do jornal “Folha de S. Paulo”, o depósito da propina, equivalente a R$ 57 milhões, teria ocorrido quando Costa era o responsável pelo contrato da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

“A nova revelação de Costa só reforça o que nós vínhamos defendendo há algum tempo. Se não quebrar os sigilos destas empreiteiras, a CPI Mista da Petrobras não chegará a lugar algum”, afirmou Bueno, autor de requerimentos de quebra de sigilos bancário, telefônico e fiscal de empresas supostamente envolvidas com o esquema de Youssef.

Os pedidos foram apresentados pelo líder do PPS, em julho, depois de o jornal “O Globo” mostrar que as empreiteiras suspeitas de pagar propina ao doleiro faturaram R$ 1,3 bilhão em aditivos nos contratos com a Petrobras sem concorrência. Até agora, a CPMI não votou nenhum requerimento de quebra de sigilos das empreiteiras envolvidas no caso.

De acordo Bueno, informações obtidas pela CPMI apontam que o genro de Costa, Márcio Lewkowicz, e a Odebrecht trocaram pelo menos cem telefonemas entre 2009 e 2014.

“Se de fato queremos desvendar todas as teias desse megaesquema criminoso na Petrobras patrocinado pelo governo do PT, as empreiteiras não podem ser poupadas das investigações da CPMI”, defendeu o parlamentar.

Ele disse ainda que na próxima semana vai cobrar do presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB), a votação de todos requerimentos de quebra de sigilos das empreiteiras.

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