Com André Vargas e o pedófilo Gaievski, Gleisi transformou o PT do Paraná em partido nanico

(Wilson Pedrosa)
(Wilson Pedrosa)
Arquiteta do desastre – Principal jornal do Paraná, a “Gazeta do Povo” publica na edição desta quinta-feira (9) um balanço dos erros cometidos pela petista Gleisi Hoffmann em sua campanha rumo ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo estadual. A senadora colheu o pior resultado do Partido dos Trabalhadores no estado em 12 anos e a campanha produziu a menor bancada petista em 20 anos. Gleisi converteu o partido em uma legenda nanica na Assembleia Legislativa, onde a bancada petista caiu de 6 para 3 deputados. De acordo com o jornal paranaense, a inabilidade de Gleisi transformou um cenário dos sonhos no pior pesadelo petista.

“O que se desenhava como o cenário dos sonhos terminou em um pesadelo para o PT do Paraná. Depois das eleições de 2012, o partido tinha o apoio do prefeito de Curitiba pela primeira vez na história, contava com três ministros e aparecia como a principal força de oposição no estado. Menos de dois anos depois, a candidata da legenda, Gleisi Hoffmann, ficou em terceiro lugar na corrida pelo Palácio Iguaçu com decepcionantes 14,87% dos votos válidos – menos que Padre Roque, candidato pelo partido em 2002, que fez 16,37%. Além disso, o partido virou “nanico” na Assembleia, com apenas três cadeiras, e perdeu um assento na Câmara Federal”, destaca o jornal.

Gleisi foi abatida por associação com escândalos escabrosos, informa a Gazeta, como noticiou o ucho.info ao longo dos últimos quatorze meses: “Dois escândalos envolvendo petistas ajudaram a prejudicar a campanha de Gleisi e do PT no estado. No final de 2013, Eduardo Gaievski, ex-prefeito de Realeza e então assessor da Casa Civil, foi acusado de abuso sexual de menores. No início deste ano, o deputado André Vargas caiu em desgraça por ligações com o doleiro Alberto Youssef”, informou o jornal.

Apesar de cultivar uma imagem de burguesa emergente, a ponto de ser conhecida como “Barbie Paraguaia”, Gleisi não conseguiu superar a notória aversão do paranaense ao PT, afirma a Gazeta: “O Paraná tem um dos eleitorados mais antipetistas do Brasil. Nas eleições presidenciais, apenas em 2002 o candidato petista (Lula, na ocasião) venceu – isso em um ano em que o PT venceu em 26 dos 27 estados no segundo turno. Nas eleições deste ano, o estado não fugiu da regra: deu a segunda maior votação proporcional para Aécio Neves (PSDB) e a quinta pior para Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno. O perfil do eleitorado explica em parte este fenômeno. O Paraná tem mais eleitores de classe média e alta do que o resto do país, perfil no qual o PT costuma ir mal. O desgaste do partido nas administrações de grandes centros do estado, como Londrina, Maringá e Ponta Grossa, pode ter agravado esse quadro. Nem mesmo a bem avaliada gestão de Luizão Goulart em Pinhais ajudou a modificar a situação”.

Erros crasso de articulação contribuíram para tornar o PT do Paraná, sob a batuta de Gleisi Hoffmann, uma legenda nanica, segundo a análise da Gazeta do Povo: “Na Câmara, a votação do partido não caiu tanto. Foi de 700 mil para 677 mil. Ainda assim, o partido perdeu uma cadeira. Na Assembleia, a situação foi mais dramática: de 626 mil votos em 2010, o PT passou para 488 mil em 2014. Para piorar a situação, o PT ainda teve um certo azar. O número de votos que fez sozinho seria suficiente para eleger cinco deputados. Entretanto, quatro candidatos do PDT, companheiro de chapa, fizeram mais votos individualmente. Como resultado, o PT perdeu quatro de suas atuais sete cadeiras e terá apenas três deputados em 2014 – pior resultado do partido desde 1994”.

Tiro no pé

Contribuiu para a derrocada petista no Paraná o comportamento autoritário de Gleisi, que repete seus companheiros de legenda, que não suportam o contraditório e muito menos aceitam críticas. A senadora petista, que desde sua saída da Casa Civil transformou-se em “buldogue palaciano” no Senado, tentou intimidar jornalistas que noticiaram seus tropeços. Foi o que aconteceu com o editor do ucho.info, jornalista Ucho Haddad, que foi alvo de processos judiciais movidos por Gleisi, que não gostou de ver algumas verdades estampadas no site que é “A MARCA DA NOTÍCIA”.

Como se não bastasse o seu comportamento autoritarista, típico de ditadores, Gleisi tentou destruir a imagem do editor do site em seu estado, exigindo que jornalistas locais o atacassem de forma irresponsável. Para tanto usou a “carteirada” ou a enfadonha pergunta “você sabe com que está falando?”, não sem antes lembrar aos abordados que seu marido, Paulo Bernardo da Silva, está ministro das Comunicações.

Até nesse quesito Gleisi Hoffmann fracassou, o que mostra que se o povo paranaense errou ao enviá-la ao Senado, onde trabalhou para prejudicar o estado, acertou em cheio ao detonar seu projeto de chegar ao Palácio Iguaçu.

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