Dilma mentiu sobre a geração de energia; racionamento e apagões podem entrar na pauta de 2015

vela_01Fusível queimado – Quando o ucho.info afirma que a presidente Dilma Rousseff mente de forma acintosa, não o faz por divergência ideológica, mas porque nosso compromisso com o leitor é de levar a melhor e mais balizada informação, sempre pautada na realidade dos fatos. Analisar o Brasil como realmente é não exige qualquer dose extra de tutano, mas clareza de pensamento e raciocínio lógico.

Durante a campanha eleitoral, petistas abusaram da leviandade ao criticar com veemência o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, por causa da crise de abastecimento de água na capital paulista e em outras cidades do mais importante estado da federação. A estratégia, rasteira e covarde, tinha por objetivo permitir aos petistas sonhar com uma vitória no maior colégio eleitoral do País, o que não aconteceu em nenhum dos níveis da eleição.

Na última semana, mais precisamente na quinta-feira, 30 de outubro, quatro dias após o segundo turno da corrida presidencial, o Operador Nacional do Sistema (ONS) informou às empresas distribuidoras e geradoras que a falta de chuva poderá levar a cortes seletivos de energia, como forma de garantir o fornecimento em horários de pico. Isso significa que para manter os reservatórios das usinas hidrelétricas em nível seguro as usinas deixariam de fornecer energia de madrugada, em especial nos grandes centros urbanos da região Sudeste, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e São Paulo.

A medida, que deve ser considerada como racionamento anunciado, será adotada caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas não alcance a marca de 30% da capacidade. Atualmente, o nível médio é de 18,27%, sendo que no mesmo período do ano passado era de 41,62%.

Durante reunião do Programa Mensal de Operação (PMO), Francisco José Arteiro de Oliveira, diretor de Planejamento e Programação da Operação do ONS, afirmou que é preciso operar as usinas hidrelétricas de forma a prepará-las para os horários de pico, quando corre maior demanda de energia elétrica.

Para evitar quedas inesperadas do sistema, o que configura apagão, o ONS suspenderia de forma seletiva o fornecimento na madrugada, apostando que a ação ajude a aumentar o volume de água nas represas contíguas às usinas geradoras.

Contudo, merece críticas veementes a decisão do ONS de anunciar somente depois do segundo turno da corrida presidencial o possível fornecimento seletivo de energia em 2015, caso não chova o suficiente, ou até mesmo apagões, blecautes como diz a presidente Dilma Rousseff.

Leitores souberam antes

Não é de hoje que o ucho.info alerta para o perigo do desabastecimento de energia no País, uma vez que a prolongada estiagem e o uso ininterrupto das termelétricas, em funcionamento desde outubro de 2012, comprometeu o sistema de geração.

De igual modo, o site também destacou a forma leviana como o Palácio do Planalto vinha tratando o assunto do desabastecimento de água em São Paulo, como se o problema fosse político-administrativo, não climatológico. Muitos desavisados têm creditado o problema a questões meteorológicas, mas é preciso ir mais a fundo no tema e atentar para as causas da crise enfrentada pela população de São Paulo. O desmatamento contínuo que ocorre na Amazônia tem impacto no sudeste do País, sem que as autoridades se preocupem com o tema.

Dilma Rousseff, dona de arrogância conhecida e tida como especialista em energia, sempre soube que a falta de planejamento por parte do governo do PT acabaria em um cenário de crise generalizada. Diante da possibilidade de racionamento de energia a partir de 2015, ou até mesmo de apagões, os investimentos no setor produtivo, diretos ou indiretos, sofrerão queda ainda maior, comprometendo a economia como um todo.

No momento em que os brasileiros esperam que as promessas de campanha de Dilma se transformem em realidade, mesmo que minimamente, o próximo governo terá enormes dificuldades para debelar uma crise econômica que só cresce. A presidente insiste em afirmar que a crise é invenção dos pessimistas, mas a sequência de fatos negativos tem mostrado que os brasileiros já se deram conta da incompetência que embala a era mais corrupta da história política nacional.

Em dezembro de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva empurrou a população na vala do consumismo como forma de minimizar os efeitos colaterais da crise internacional, o ucho.info chamou a atenção do governo para o perigo que representava a medida no curto prazo, pois o excesso de demanda no setor energético levaria o Brasil a um colapso.

Na ocasião, o máximo que os palacianos souberam fazer foi acusar-nos de torcer contra o Brasil, quando na verdade o nosso objetivo sempre foi, é e continuará sendo a nação e seus cidadãos, pois não se pode governar um país como se administra o boteco da esquina mais próxima.

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