Em acareação, Cerveró será cobrado sobre a compra da refinaria de Pasadena , a “ruivinha”

nestor_cervero_02Soltando a voz – As novas revelações sobre a compra da obsoleta e superfaturada refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras colocará Nestor Cerveró em situação de dificuldade na CPMI criada para investigar os escândalos de corrupção na estatal. Em acareação na CPMI da Petrobras, Cerveró será cobrado acerca de “interesse pessoal” nas negociações que levaram a petrolífera brasileira a adquirir a sucateada refinaria texana. È o que promete o lídr do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR).

Com autorização do Conselho de Administração da Petrobras, à época sob a presidência Dilma Vana Rousseff, a refinaria de Pasadena foi comprada da belga Astra Oil por US$ 1,25 bilhão. A estatal brasileira já reconheceu prejuízo contábil de US$ 530 milhões.

Agendada para o próximo dia 2 de dezembro, a acareação ocorrerá entre Cerveró e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da empresa. Costa, na esteira do acordo de delação premiada, admitiu às autoridades que atuam na Operação Lava-Jato ter recebido R$ 1,5 milhão para não atrapalhar o negócio.

“Vamos exigir que ele dê explicações sobre seu estranho empenho para comprar essa refinaria enferrujada, que provocou um prejuízo colossal à Petrobras”, afirmou Bueno.

Em reportagem publicada na edição do último sábado, o jornal “O Globo” informou que o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse em depoimento na Comissão Interna de Apuração da estatal que mesmo antes de a compra de Pasadena ser concluída, funcionários da Petrobras já apelidavam a refinaria de “ruivinha” devido ao mau estado de conservação. A refinaria estava toda enferrujada, mas mesmo assim Nestor Cerveró insistiu que a transação fosse sacramentada.

“Havia muita vontade da Área Internacional para que a compra da refinaria fosse realizada”, reforçou Barbassa.

Na avaliação de Rubens Bueno, se as revelações do diretor financeiro da Petrobras se confirmarem, Cerveró mentiu em seu depoimento à CPMI. “Ele (Cerveró) veio aqui e contou um monte de cascata. Se não disser a verdade, agora, a situação dele se complicará mais ainda na Justiça”, afirmou o parlamentar

A inexplicável compra da refinaria de Pasadena deflagrou o calvário político da presidente Dilma Rousseff, cenário reforçado pelas investigações da Operação Lava-Jato, que dia após dia revelam o envolvimento do governo e dos partidos da chamada base aliada, começando pelo PT, no maior escândalo de corrupção da história brasileira. Silenciar diante de um caso dessa magnitude é conceder aos atuais donos do poder carta branca para continuar pilhando o País, já mergulhado em enorme crise institucional.

É preciso que os brasileiros de bem não desistam de cobrar explicações sobre a roubalheira de que foi alvo a Petrobras, uma vez que, como afirmou o UCHO.INFO, com antecedência e absoluta exclusividade, que Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff não apenas tinham conhecimento dos atos criminosos que eram cometidos na estatal, mas eram coniventes com a quadrilha que atuava na empresa.

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