Inadimplência de empresas sobe em outubro e derruba discurso de Dilma sobre a economia

inadimplencia_14Marca do pênalti – No dia em que a genuflexa base aliada tenta aprovar na marra, no Congresso Nacional, o projeto de lei governo que institui a irresponsabilidade fiscal, sob a desculpa que a gastança oficial se deveu a medidas de estímulo à economia e geração de empregos, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas mostra que em outubro houve crescimento de 4,4%, na comparação com o mês anterior, do número de empresas que deixaram de honrar suas dívidas. Na comparação com outubro de 2013, o índice manteve-se estável. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o indicador teve alta de 7,1%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os principais fatores responsáveis pela alta do Indicador de Inadimplência das Empresas, em outubro, foram os cheques devolvidos, com variação de 22,9%. Os títulos protestados tiveram crescimento de 3,3%, a inadimplência com os bancos também registrou alta de 1,4%. Já as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água) caíram 0,1%.

O valor médio dos títulos protestados teve alta de 11,9% no acumulado de janeiro a outubro de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas não bancárias também cresceu 6,7%. O valor dos cheques devolvidos e inadimplência com os bancos registrou queda de 5,1% e 5,8%, respectivamente.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência das empresas em outubro, tanto em relação a setembro quanto a outubro do ano passado é resultado dos impactos adversos da estagnação econômica e do custo do crédito em ascensão sobre a saúde financeira das empresas. “Pois, se por um lado, o enfraquecimento da atividade econômica prejudica a geração e caixa das empresas, por outro, o encarecimento do custo do crédito aumenta as suas despesas financeiras”.

Ladeira abaixo

A economia brasileira está à beira do despenhadeiro, como mostram os números dos mais distintos órgãos de acompanhamento de dados econômicos, mas o Palácio do Planalto insiste em vender a ideia de que o Brasil é uma versão reinventada do País de Alice, aquele das fabulosas maravilhas. Quem acompanha o cotidiano da economia e analisa o tema de forma ampla e isenta logo percebe que não há saída no curto prazo para tão grave crise.

Senadores e deputados da base aliada tentam defender no Congresso Nacional o indefensável projeto de lei que legaliza a irresponsabilidade fiscal por parte do governo central, sempre escorados na esfarrapada desculpa de que gastos acima da arrecadação serviram para manter os programas sociais, estimular a economia e gerar empregos. Acontece que nada disso aconteceu, o que explica a grave situação em que se encontra a economia nacional.

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