Consumo das famílias tem maior queda desde a crise de 2008 e PIB avança 0,1% no 3º trimestre

crise_economica_12Hora da verdade – Menos de doze horas após o anúncio dos nomes que integrarão a equipe econômica do próximo governo de Dilma Vana Rousseff, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano. De acordo como órgão, o PIB registrou crescimento de 0,1%, índice pífio e metade do esperado pelo mercado financeiro (0,2%). Na comparação com o terceiro trimestre do ano anterior houve queda de 0,2%. Ou seja, a economia brasileira, ao contrário do que afirmam os palacianos, continua cambaleando à beira do precipício.

O resultado divulgado pelo IBGE traz ao menos um dado positivo, que mesmo assim deve ser encarado com cautela. A economia verde-loura saiu da chamada recessão técnica, cenário formado a partir de dois trimestres seguidos (1º e 2º) de queda do PIB. O que mostra que a presidente Dilma Rousseff é uma ode ao fracasso como economista.

Contudo, vale lembrar que a economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano por causa do avanço dos gastos públicos, principalmente porque Dilma Rousseff e sua horda precisavam enganar mais uma vez os brasileiros incautos, mostrando a essa parcela da população aquilo que o País está longe de ser, ou seja, aquele folclórico País de Alice, o das maravilhas. Como o crescimento dos gastos públicos, a inflação ganhou força extra, comprometendo ainda mais a vida do cidadão, que há muito convive com o fantasma que reside no binômio que mescla o fim do salário com a continuação do mês. Isso porque os petistas não cansam de dizer que o partido valorizou o salário mínimo e que Dilma adora os pobres.

Para contrapor esse ufanismo boquirroto que nesta sexta-feira (28) subiu a rampa do Palácio do Planalto, fazendo com que os palacianos comemorassem o respiro da economia nacional, o consumo por parte das famílias recuou. De acordo com o IBGE, a queda no consumo das famílias brasileiras no terceiro trimestre em relação ao período imediatamente anterior foi de 0,3%, pior resultado desde o quarto trimestre de 2008, auge da crise internacional, quando o recuo foi de 2,0% na mesma base de comparação.

A queda do consumo familiar foi um dos fatores que levaram ao fraco resultado do crescimento do PIB no terceiro trimestre. O consumo foi um dos pilares do crescimento econômico ao longo dos últimos anos desde o governo Lula, iniciado em 2003, o que se deu na esteira do crédito fácil, não a partir da geração de riqueza pela população. Isso explica o alto grau de endividamento das famílias e o preocupante índice de inadimplência, situação que tem levado o mercado financeiro a encarecer e dificultar o crédito.

De acordo com levantamento do IBGE, comportamento da massa salarial real contribuiu para o fraco desempenho do consumo das famílias, que cresceu só 2,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2013. O crédito para as pessoas físicas também deixou de crescer em termos reais. No terceiro trimestre de 2014, essas operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceram 5,0% em valores nominais.

Quando o UCHO.INFO, em dezembro de 2008, afirmou que o governo do PT afundaria o Brasil se insistisse em combater a crise apenas e tão somente incentivando de maneira irresponsável o consumo interno, a assessoria do então presidente Lula se limitou a dizer que este site estava a torcer contra o Brasil, mas sabem os leitores que nosso compromisso primeiro e maior é com o País e seus cidadãos, sempre revelando a verdade dos fatos e apresentando análises realistas.

apoio_04