Dilma mente ao negar que o Brasil vive “crise de corrupção”, mas cai em contradição horas depois

(Evaristo Sá - AFP)
(Evaristo Sá – AFP)
Prazo de validade – “O Brasil é o país da piada pronta”. Assim afirma o jornalista José Simão, que com as trapalhadas de Dilma Rousseff está cada vez mais convicto de sua precisa teoria, uma quase profecia. Em entrevista aos jornalistas estrangeiros que cobrem o cotidiano dessa barafunda em que se transformou o País, Dilma disparou: “O Brasil não vive uma crise de corrupção, como dizem alguns. Nos últimos anos, começamos a pôr fim a um largo período de impunidade. Isso é um grande avanço para a democracia brasileira”.

Integrante de um partido político que já provou ser uma organização criminosa e à frente do governo mais corrupto da história nacional, Dilma tem o direito de externar seu pensamento, assim como merece a complacência dos brasileiros, até porque o Brasil não vive uma crise de corrupção. Afinal, a corrupção devora a nação e a dignidade dos seus cidadãos sem qualquer sina de lampejo de crise. Não é ousadia afirmar que sob a batuta do Partido dos Trabalhadores o Brasil viveu o período mais corrupto de sua história, transformando-se em uma catapulta de escândalos oficiais.

Que Dilma Rousseff sofre de irreversível mitomania todos sabem, mas a sociedade não pode compactuar com o besteirol sobre a corrupção no País, fazendo das palavras da presidente uma verdade que simplesmente não existe. Dilma, Lula e o PT são responsáveis pelo maior escândalo de corrupção da história brasileira. É conhecido por todos os que acompanham a política verde-loura que a presidente da República tenta escapar do tsunami em que deve se transformar a Operação Lava-Jato, mas negar a existência de corrupção é no mínimo uma proba de insanidade.

Há muito que as palavras de Dilma não têm valor e credibilidade, por isso suas declarações acerca do Petrolão devem ser motivo de risos em várias partes do planeta, até porque os escaninhos da Operação Lava-Jato mostraram não apenas a extensão do estrago produzido nos cofres da Petrobras, mas acima de tudo a responsabilidade do núcleo mais restrito do governo petista.

natal2014_01

A inconsistência das declarações de Dilma, em especial sobre o Petrolão, ficou provada nesta segunda-feira (22), durante encontro da presidente com os jornalistas que cobrem o dia a dia do Palácio do Planalto. Dilma disse que pedirá ajuda ao Ministério Público antes de nomear qualquer novo ministro. “Eu vou perguntar: há algo contra fulano que me impeça de nomeá-lo? Só isso. Eu não quero saber o que ele não pode me dizer”, afirmou a presidente. “Eu consultarei o Ministério Público mais uma vez, para qualquer pessoa que eu for indicar”, completou.

Resumindo, um dia após negar que o Brasil vive uma crise de corrupção, Dilma reconhece, de forma transversa, que a chaga maior de qualquer nação se faz presente no Brasil de maneira maiúscula e persistente. Afinal, no momento em que decide apelar ao MP para saber sobre a vida pregressa dos seus eventuais ministros, a presidente sugere que a corrupção corre livre, leve e solta. O que não é novidade até mesmo para o brasileiro mais desavisado.

Recorrer ao Ministério Público é um cuidado extra, caso isso de fato se confirme, mas a presidente tem a seu dispor dois órgãos oficiais para checar o currículo (ou folha corrida) dos ministeriáveis: o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Isso significa que de novo o governo está ignorando a competência do GSI e da ABIN, pois o registro mais recente desse descaso foi o do pedófilo Eduardo Gaievski, levado à Casa Civil na condição de assessor especial de Gleisi Hoffmann, apesar de à época já estar sendo investigado por dezenas de estupros cometidos contra meninas menores de idade, algumas delas vulneráveis (menores de quatorze anos).

apoio_04