Preços dos alimentos dobram em dez anos e aumento médio do salário mínimo despenca na era Dilma

dilma_rousseff_475Calculadora quebrada – Quando Luiz Inácio da Silva, o agora lobista, começou a girar pelo planeta à caça de honrarias que incautos lhe concederam porque acreditavam que o ex-metalúrgico havia iniciado um importante processo de combate à miséria, o UCHO.INFO afirmou que tudo não passava de um enorme equívoco, pois na verdade o que Lula fez, enquanto presidente, foi aumentar o contingente de miseráveis no vácuo de uma estabanada política econômica, que continua a castigar os brasileiros.

Malandro experimentado, até porque foi esculpido com o cinzel dos próceres da ditadura militar verde-loura, Lula passou a colecionar títulos de “doutor honoris causa”, apenas porque os que lhe concederam os tais prêmios desconhecem a realidade do País.

Nas muitas críticas que fizemos a essas premiações recheadas de fanfarrices e visão obtusa da realidade, deixamos claro que o ressuscitar da inflação faria com que o número de pessoas sem acesso à alimentação aumentaria sobremaneira com o passar do tempo. Não se trata de bola de crista ou profecia do apocalipse, mas de analisar os fatos com responsabilidade e experiência.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos os preços dos alimentos subiram 99,73%, índice que supera a inflação oficial do período. De acordo com o IBGE, o Índice Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a maquiada inflação oficial, registrou avanço de 69,34%, entre 2005 e 2014. Nesse intervalo de tempo, os alimentos consumidos em casa subiram 86,59%, mas comer fora de casa teve um aumento de 136,14%.

A preocupação maior nessa rocambolesca novela em que se transformou a economia brasileira, cada vez mais atolada na crise, é o grau de mitomania dos integrantes de um governo incompetente, paralisado e corrupto, que insiste em vender a ideia de que o Brasil é versão moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas, que sempre aparece nas propagandas oficiais.

Durante a recente corrida presidencial, a petista Dilma Rousseff fez questão de enfatizar em suas aparições de campanha que o seu governo e o PT sempre lutaram pela valorização do salário do trabalhador. Quando este site criticou a fala mentirosa da presidente da República, os terroristas cibernéticos contratados pelo partido sempre trataram de promover ataques aos nossos computadores, como se isso causasse algum tipo de intimidação.

O PT só conseguiu chegar ao poder central porque iludiu milhões de brasileiros ao disseminar a tese boquirrota de que a única salvação da humanidade encontra-se nos partidos de esquerda, em especial na legenda comandada por Lula, o Messias de camelô que arruinou a economia nacional.

Se com base nos dados do IBGE comer ficou muito mais caro do que a inflação, algo de errado há na economia brasileira, que nos últimos quatro anos foi a passarela do mau humor e da truculência da presidente Dilma, que conseguiu dar continuidade ao estrago iniciado pelo antecessor.

Calvário pela frente

Para aqueles que creem que o Brasil chegou ao fundo do poço da crise, a ordem é subir a bainha da calça, porque ainda há de respingar muita água recheada de surpresas negativas. No momento em que decidiu manter o atual cálculo de reajuste do salário mínimo, Dilma decretou o calvário do trabalhador brasileiro, que nos próximos anos terá de se contentar com aumento salarial muito aquém do devido. Isso porque o ritmo de valorização do salário mínimo deve perder 505 ou mais do fôlego na passagem do primeiro para o segundo governo de Dilma.

Entre 2011 e 2014 – período que englobou o primeiro mandato de Dilma Rousseff – o salário mínimo teve elevação média anual de 2,9%, taxa que mostra-se acanhada quando comparada às da era FHC e Lula.

A fórmula atual de reajuste do mínimo está atrelada à variação do Produto Interno Bruto de dois anos antes e à taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior. Isso significa que em 2016, tomando como base o PIB de 2014 e a inflação de 2015, será de no máximo 0,2%, como já noticou o UCHO.INFO em diversas ocasiões.

Esse quadro desanimador é resultado de uma conjuntura econômica pífia, vítima da irresponsabilidade e do ufanismo do governo. Com isso, entre 2015 e 2018 – período do segundo mandato de Dilma – o aumento médio anual do salário mínimo será, na melhor das hipóteses, de 1,2%. Isso se Deus provar que é brasileiro, se a equipe econômica fizer a lição de casa e se Dilma abandonar a certeza de que entende de economia.

Contas para lá e para cá, na era Dilma o aumento médio anual do salário mínimo deverá alcançar no máximo a marca de 2%, taxa anoréxica se comparada à da era Fernando Cardoso (4,7%) e à de Lula (5,5%).

Logo depois que se instalou no Palácio do Planalto, Lula adotou o enfadonho discurso da “herança maldita”, como se FHC fosse culpado pelas lambanças do petista. O palavrório típico de alarife se estendeu ao segundo mandato do ex-metalúrgico e, vez por outra, foi balbuciado por Dilma. Acontece que a presidente reeleita só pode reclamar da herança maldita deixada por ela a si mesma. Em suma, é caso de hospício.

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