Investigação mostra que jihadista francês Coulibaly pode ter cometido mais ataques

(Reuters)
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Criminoso conhecido – A polícia francesa descobriu novas pistas sobre Amedi Coulibaly, que matou uma policial e quatro reféns em um mercado judaico de Paris. Ele pode ter cometido outros ataques e tinha verdadeiro arsenal de armas guardado em seu provável esconderijo, descoberto pelos investigadores.

A polícia já havia coletado o DNA de Coulibaly durante o ataque da última quinta-feira (8) em Montrouge, que deixou uma policial morta na capital francesa. Os investigadores também estabeleceram um vínculo entre as armas usadas pelo jihadista no ataque à mercearia judaica e as balas usadas contra um corredor que ficou gravemente ferido na quarta-feira à noite (7) em Fontenay-aux-Roses, mesma cidade onde morava Coulibaly.

Outro ataque que pode ser atribuído a ele é a explosão de um carro-bomba na noite de quinta-feira na cidade de Villejuif. A conexão entre esses ataques foi confirmada por um vídeo postado na manhã deste domingo na internet, mas logo retirado.

As imagens mostram um homem parecido com Amedi Coulibaly olhando diretamente para a câmera e dizendo pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI). Ele também reivindica uma ligação com o ataque de quarta-feira contra o jornal Charlie Hebdo. As autoridades francesas ainda não comprovaram a autenticidade do vídeo.

Esconderijo

A polícia da França já sabia que Coulibaly estava fortemente armado, após ter encontrado durante o ataque à mercearia judaica duas pistolas, duas metralhadoras Kalachnikov e também explosivos. Os investigadores acreditam que ele dispunha de um arsenal ainda maior ao identificar um possível esconderijo usado pelo jihadista em Gentilly, na periferia ao sul da capital.

O local foi descoberto a partir de contas de telefone e também de informações de uma fonte policial que teria reconhecido Coulibaly. O terrorista pode ter se instalado no apartamento a partir do dia 4 de janeiro.

Além de documentos como carteira de identidade, foram encontrados pistolas, revolver, munição, telefones, bombas lacrimogêneas, um colete e binóculos. No local também havia um Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, e bandeirolas com referência ao grupo Estado Islâmico. (Com RFI)

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