Construída ao custo de quase R$ 1 bi e inaugurada por Dilma há um ano, rodovia federal esfarela

(Jocimar Farina - Rádio Gaúcha)
(Jocimar Farina – Rádio Gaúcha)
Mãos ao alto – Quem quiser compreender o dano causado ao País pelo primeiro governo da petista Dilma Rousseff basta fazer uma rápida visita ao Rio Grande do Sul, um dos mais importantes e belos estados da federação. Para que a nossa sugestão seja mais precisa, o melhor é circular pela BR-448, conhecida como “Rodovia do Parque” e que liga a capital Porto Alegre às cidades da região metropolitana, como, por exemplo, Sapucaia do Sul.

Inaugurada há pouco mais de um ano, com pompa e circunstância, pela presidente Dilma e pelo então governador gaúcho Tarso Genro (PT), a BR-448 já começa a fazer inveja às estradas que levam a Kandahar, a esburacada cidade afegã que há anos está sob o controle dos radicais talibãs. Isso porque a “Rodovia do Parque”, que tem pouco mais de 22 quilômetros, transformou-se em uma perigosa vitrine de buracos.

De acordo com levantamento feito pela Rádio Gaúcha, a BR-448 já coleciona 183 buracos, ou seja, oito crateras por quilômetro. O trecho mais grave da rodovia fica entre o primeiro e o sétimo quilômetros, no sentido capital-interior, com um total de 108 buracos. Nesse trecho o asfalto desmanchou, o que sugere corrupção na licitação e na execução da obra. Todos os 108 buracos existentes nesse trecho de seis quilômetros estão na faixa da direita, que recebe maior volume de caminhões, cujos motoristas acabam invadindo parte da faixa da esquerda para escapar das crateras que só aumentam de tamanho.

No sentido inverso, interior-capital, são 75 buracos ao todo, localizados do início da rodovia ao quilômetro 9. O pior trecho da BR-448 tem incríveis 50 buracos, entre o início da rodovia e o terceiro quilômetro. Como se não bastasse, há placas de sinalização pichadas e acúmulo de lixo em alguns pontos da rodovia.

Em dezembro de 2014, no apagar das luzes do caótico governo do “companheiro” Tarso Genro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o polêmico e bisonho DNIT, assinou contrato com a construtora Notemper Empreendimentos, com sede no Rio de Janeiro, para a manutenção da rodovia nos próximos dois anos.

Contudo, a Notemper só iniciará os trabalhos de conservação da BR-448 depois que as construtoras Sultepa, Toniolo Busnello, Construcap e Ferreira Guedes concluírem a recuperação do pavimento entre os quilômetros zero e 14. O DNIT oficiou as empresas para que executem o reparo em caráter emergencial.

Em qualquer país minimamente sério e com autoridades igualmente responsáveis – não precisa ser país de “primeiro mundo” – uma obra com pouco mais de um ano que começa a esfarelar e com quase duas centenas de buracos em apenas 22 quilômetros de extensão já teria mandado para a cadeia todos os envolvidos na obra, desde a licitação à execução, passando pela contratação. Afinal, o número de bois nessa linha só perde para a quantidade de crateras da BR-448.

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