Crise: economistas apostam em crescimento menor do PIB, alta da inflação e elevação da Selic

crise_economica_12Contagem regressiva – Consultados pelo Banco Central, como acontece semanalmente, os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País elevaram pela terceira vez consecutiva a perspectiva de inflação para 2015. É o que aponta o Boletim Focus, do BC, que aponta alta de 6,6% para 6,67% do mais temido fantasma da economia. Para 2016, os especialistas do mercado financeiro, o IPCA de 2016 deve encerrar o ano em 5,7%, ainda longe do centro do plano de metas definido pelo governo federal, que é de 4,5%.

De igual modo, o Boletim Focus não trouxe boas previsões para o crescimento da economia neste ano. Pela terceira vez consecutiva, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 caiu de 0,4% para 0,38%, repetindo o movimento descendente do índice nos anos anteriores. A projeção para os chamados preços administrados, que sofrem influências por parte do governo, teve alta pela sexta semana seguida, passando de 8% para 8,2%.

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão dos analistas para 2015 permanece em 12,5% ao ano. Contudo, na terça-feira (20 o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC iniciará primeira reunião de do ano para decidir a taxa básica, atualmente em 11,75% ao ano. O Copom elevou a Selic nas últimas reuniões, como forma de minimizar conter a pressão inflacionária, o que parece não ter produzido o resultado esperado. No contraponto, alguns economistas apostam em alta de meio ponto percentual da taxa Selic, o que aumentaria a dívida da União e comprometeria ainda mãos o consumo interno.

Ao contrário das sinalizações palacianas, o mercado financeiro nacional não está otimista em relação à taxa básica de juro. Os especialistas trabalham com a vertente de que a Selic deverá encerrar 2015 na casa de 12,5%, o que produzirá um cenário ainda pior.

No momento em que a inflação oficial mostra resistência, insistindo em permanecer na trajetória de crescimento, e o consumo cai de maneira paulatina, é porque a economia brasileira está fora de controle, cenário para o qual o UCHO.INFO vem alertando há alguns anos.

O governo petista de Dilma Rousseff insistiu erroneamente, ao longo de quatro anos, em fazer do consumo interno o antídoto contra a crise econômica, algo que de maneira travestida o Palácio do Planalto fará no próximo quadriênio. Afinal, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, que depende de apoio político da presidente da República para implementar mudanças na economia, anunciou a redução de despesas e o aumento de receitas. Isso significa arrecadar mais e investir menos. Em outras palavras, o Brasil dará novos e perigosos passos na direção do precipício da crise.

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