Estado Islâmico ameaça matar japonês e jordaniano em no máximo 24 horas

(Majed Jaber - Reuters)
(Majed Jaber – Reuters)
Contagem regressiva – O grupo ultrarradical Estado Islâmico anunciou nesta terça-feira (27) que executará o jornalista japonês Kenji Goto e o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh, mantidos como reféns pelos extremistas. O EI exige a libertação da jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi, presa e condenada à morte na Jordânia.

Publicado em sites de grupos radicais islâmicos, um vídeo mostra uma imagem fixa do jornalista japonês Kenji Goto segurando uma foto do piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh, ambos reféns do grupo Estado Islâmico. Uma gravação em inglês, supostamente lida por Goto, informa que seu colega de cativeiro será executado em 24 horas, caso a terrorista iraquiana Sajida al-Rishawi, não seja libertada. “Por favor, não nos deixem morrer”, implora o jornalista.

A jihadista de 44 anos está presa na Jordânia desde que foi condenada à morte em setembro de 2006, por participação em ações terroristas da Al Qaeda, realizadas um ano antes. Em 9 de novembro de 2005, três atentados suicidas, cometidos pelo marido de Sajida, destruíram três hoteis da capital jordaniana de Amã, deixando 60 mortos.

Goto é refém do grupo Estado Islâmico desde novembro. Já Al-Kassasbeh foi capturado em 24 de dezembro, depois que o avião que pilotava caiu na Síria. Ele participava de bombardeios liderados pela coalizão internacional que combate o avanço dos jihadistas no território sírio e iraquiano.

Japonês executado

No último sábado (24), o grupo extremista disse ter executado outro refém japonês, Haruna Yukawa. Os jihadistas exigiam do de Tóquio o pagamento de US$ 200 milhões no prazo de 72 horas para libertar os dois prisoneiros japoneses. Alegando não ter obtido nenhuma resposta, os radicais dizem ter executado Yukawa e pedem, desde então, a libertação de Sajida.

Desde a divulgação do primeiro vídeo em que o grupo Estado Islâmico ameaçava executar Goto e Yukawa, o governo japonês dizia estar fazendo o possível para a libertação dos dois. O primeiro-ministro Shinzo Abe repetiu várias vezes, no entanto, que o Japão não se renderia ao extremismo.

Nesta terça-feira, o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, informou que Tóquio trabalha em parceria com o governo jordaniano para libertar os prisioneiros. Mas voltou a martelar que a posição de “não ceder ao terrorismo” por parte do governo japonês, é inflexível. (Com RFI)

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