Dólar atinge a maior cotação desde março de 2005 e guerra contra a inflação oficial fica comprometida

dolar_31Mercado nervoso – O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (4). A moeda norte-americana subiu 1,78%, encerrando os negócios cotada a R$ 2,7420, anulando as perdas do dia anterior. A alta da moeda ianque, que atingiu o maior valor desde 2005, ocorreu no dia em que o mercado financeiro acompanhou as notícias sobre a demissão de Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, e ficou de olho nos dados de emprego nos Estados Unidos, que aponta na direção de possível aperto monetário no país. Em 17 de março de 2005, o dólar fechou os negócios valendo R$ 2,7522.

Se por um lado a saída de Graça Foster do comando da Petrobras é vista com otimismo, por outro traz muitas incertezas sobre o futuro da estatal. Isso porque a mudança na diretoria executiva não significa que o novo presidente ficará livre da ingerência diuturna do Palácio do Planalto, que ao longo dos últimos dez anos foi conivente com a roubalheira que se instalou em algumas diretorias da companhia.

Para muitos não há relação entre a Petrobras e o mercado de câmbio, mas é importante lembrar que a petroleira verde-loura é uma das principais emissoras de dívida no mercado internacional, o que interfere diretamente nas perspectivas de entrada de capital no País.

Fora isso, o impacto financeiro dos investimentos da Petrobras equivale a aproximadamente 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, o governo do PT conseguiu a proeza de matar a galinha dos ovos de ouro, apenas porque um projeto de poder totalitarista precisa ser custeado com dinheiro público para avançar na direção do objetivo maior, que é impor ao Brasil uma guinada política radical à esquerda.

Como esse movimento de idas e vindas da moeda norte-americana, o governo da presidente Dilma Rousseff compromete as amarras do plano de combate à inflação oficial, que continua flanando próximo do teto (6,5%) plano de metas.

Com o aumento repentino do consumo e o calvário imposto pelo governo à indústria nacional, a saída para atender a demanda interna foi recorrer às importações. Cada vez que a cotação do dólar sobe, o Brasil dá um passo atrás na guerra contra a inflação.

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, chefe da autoridade monetária nacional, disse que em dois anos a inflação oficial, medida pelo IPCA, estará no centro da meta (4,5%). Ao longo dos últimos quatro anos, Tombini tentou essa proeza, mas não conseguiu. E não será com a cotação da moeda norte-americana em ascensão que isso ocorrerá. Enfim…

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