Com medo de vaias e temendo os efeitos da sexta-feira 13, Dilma Rousseff viagem a Belo Horizonte

dilma_rousseff_507Fugindo da raia – A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou na quinta-feira (12) que a presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria a Belo Horizonte (MG) nesta sexta.

De acordo com a programação, Dilma participaria de apresentação do balanço da Campanha “Justiça pela paz em casa”, de combate à violência doméstica.

O Palácio do Planalto informou que o motivo seria os problemas de saúde da mãe da presidente, Dilma Jane. O vice-presidente da República, Michel Temer, representou Dilma no evento na capital mineira.

A viagem da presidente a Belo Horizonte foi anunciada na segunda-feira (9) pela ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, durante evento no Palácio do Planalto. Na ocasião, Dilma sancionou a lei que prevê pena maior para o assassinato de mulheres.

Na quinta, a presidente esteve no Rio de Janeiro. Na cidade, participou da inauguração da primeira fase das obras de ampliação do Porto do Rio de Janeiro, trecho conhecido como Porto do Futuro.

Na ocasião, Dilma afirmou que o Brasil passa por momento de “dificuldade conjuntural”, mas tem “base sólida” para recuperar o crescimento da economia. Ela fez um discurso pedindo que “todo mundo pegue junto” as medidas de ajuste fiscal.

A presidente também fez outras viagens nesta semana. Na quarta-feira (11), Dilma esteve em Rio Branco (AC), onde visitou áreas alagadas pela cheia do Rio Acre, encontrou prefeitos de cidades afetadas pelas enchentes e entregou unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Na terça (10), a presidente viajou para São Paulo (SP), onde visitou feira do setor da construção civil. Antes de discursar, Dilma foi vaiada por pessoas que trabalhavam no evento.

Se oficialmente o motivo seria a saúde da mãe da presidente, corre a informação que Dilma está muito preocupada com as manifestações agendadas em todo o País.

O governo chegou a pedir à Central Única dos Trabalhadores (CUT) para que cancelasse a manifestação de hoje, conforme informou o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral. A pedido da presidente Dilma, ele se reuniu com dirigentes da CUT na segunda-feira e conversou por telefone pedindo “reiteradas vezes” a suspensão, para evitar que ela sirva de base para levar mais manifestantes contra o governo às ruas no dia 15, segundo relatou um ministro próximo à presidente. Em nota, o ministro nega que tenha pedido para a CUT cancelar a manifestação.

Os atos de domingo, dia 15, também preocupam a presidente. A três dias das manifestações contra o governo programadas em todo Brasil, Dilma voltou a dizer ontem que protestos fazem parte da democracia, mas frisou que não tolerará violência. (Por Danielle Cabral Távora)

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