Copiloto do voo 4U-9525 sofria de descolamento de retina, afirma jornal

(DPA)
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Informações sem fim – O copiloto do voo 4U-9525 da Germanwings, Andreas Lubitz, suspeito de ter derrubado propositalmente o avião Airbus A320 da companhia alemã, matando 150 pessoas a bordo, estaria sofrendo de descolamento de retina, mas os investigadores não têm certeza se os problemas de visão tinham causas físicas ou psicológicas, informou neste domingo (29) o jornal alemão “Bild am Sonntag”.

De acordo com o periódico, investigadores encontraram evidências de que Lubitz temia perder sua visão, aparentemente por causa do suposto descolamento de retina.

Outro jornal alemão, “Welt am Sonntag”, citou um investigador, segundo o qual o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, “estava sendo tratado por vários neurologistas e psiquiatras”, acrescentando que uma série de medicamentos haviam sido encontrados em seu apartamento na cidade alemã de Düsseldorf.

A Lufthansa, empresa proprietária da Germanwings, disse que a empresa desconhece que Lubitz sofresse de uma doença psicossomática ou qualquer outra enfermidade. “Não temos informação alguma sobre isso”, afirmou neste domingo um porta-voz da companhia.

O Ministério Público em Düsseldorf recusou-se a comentar no domingo os vários relatos da mídia, ressaltando que antes de segunda-feira não será feita uma declaração oficial.

O “Bild am Sonntag” relatou também que os investigadores alemães obtiveram as gravações de voz da cabine de comando, feitas por uma das caixas-pretas do Airbus A320. Segundo o jornal, o capitão, ao tentar entrar na cabine, gritou para seu colega, que teria se trancado do lado de dentro, “pelo amor de Deus, abra a porta”.

Então, podem ser ouvidos sons de objeto metálico batendo com violência contra a porta, antes de um alarme disparar, devido à acentuada perda de altitude. Mesmo quando o comandante grita “abra a maldita porta!”, Lubitz não responde. Gritos dos passageiros podem ser ouvidos ao fundo, apenas alguns segundos antes de o avião se chocar contra a montanha, nos Alpes franceses.

O jornal também relatou que a namorada de Lubitz, professora em uma escola secundária em uma pequena cidade perto de Düsseldorf, teria dito a seus alunos há algumas semanas que ela estava grávida. (Com agências internacionais)

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