Governo nega acobertamento de investigação sobre propina da SBM na Petrobras

(Fabio Rodrigues Pozzebom - ABr)
(Fabio Rodrigues Pozzebom – ABr)
Escondendo o ouro – Os ministros Valdir Simão, da Controladoria-Geral da União, e José Eduardo Martins Cardozo, da Justiça, negaram na terça-feira (14), de forma peremptória, acobertamento por parte do governo do PT em relação às denúncias de pagamento de propina pela empresa SBM Offshore ao partido, escândalo detectado na Operação Lava-Jato.

De acordo com Simão e Cardozo, o imbróglio começou a ser investigado pela CGU em fevereiro de 2014 e não houve interrupção durante o período eleitoral. Mesmo assim, é preciso lembrar que o governo de Dilma Vana Rousseff não merece qualquer dose de crédito, pois o estelionato eleitoral cometido pela petista é prova maior da desconfiança que se alastra pelo País

Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, publicada na terça-feira, Jonathan David Taylor, ex-diretor da SBM, disse que delatou o esquema de pagamento de propina à CGU e, em agosto do ano passado, entregou documentos para comprovar as acusações. Pelo fato de a investigação do órgão ter terminado em novembro, após o período eleitoral, Taylor declarou à Folha que a conclusão a que chegou é que “queriam proteger o PT e a presidenta Dilma”.

Durante entrevista à imprensa, os ministros explicaram que os documentos repassados por Jonathan Taylor não foram incluídos na investigação por causa das suspeitas sobre a licitude das informações. Ou seja, há uma denúncia grave de corrupção envolvendo a “companheirada”, mas o governo mais corrupto da história prefere duvidar das provas.

Em agosto de 2014, Taylor procurou a CGU e, em outubro, uma comitiva de servidores viajou à Inglaterra para encontrá-lo. De acordo com a Controladoria, o delator perguntou aos integrantes da comitiva se receberia recompensa financeira pelas informações.

“Toda a documentação apresentada foi analisada pelos nossos técnicos e nenhum dos documentos foi utilizado para conclusão do processo de investigação, porque não havia segurança da licitude daqueles documentos. Para não colocar em risco o processo investigativo e também uma eventual punição à empresa, a decisão dos servidores foi de não utilizar os documentos”, esclareceu Simão.

De acordo com a CGU, as investigações preliminares sobre a SBM Offshore começaram em março de 2014 e terminaram em novembro de 2014, com a abertura de processo responsabilizando a empresa.

O ministro José Eduardo Cardozo garantiu que o processo preliminar de investigação não sofreu alterações por causa do período eleitoral.

“Gostaria de repelir com veemência qualquer afirmação, insinuação ou ilação de que possa ter havido qualquer acobertamento, do ponto de vista da indicação e da eventual instauração de inquérito punitivo, em relação à empresa. Temos trabalhado em conjunto nessa investigação desde que os primeiros fatos foram denunciados. Quem quer acobertar não investiga. Quem quer protelar não toma as medidas que foram tomadas”, acrescentou Cardozo.

Entre o que diz Cardozo e o que realmente aconteceu há uma enorme distância, pois quem conhece os bastidores do poder sabe como se dão os fatos nos subterrâneos da Esplanada dos Ministérios. Ademais, o ministro da Justiça não tem moral para fazer qualquer comentário sobre casos de corrupção, pois ele ainda deve explicações sobre o escândalo envolvendo Erenice Guerra, à época ministra-chefe da Casa Civil. (Do UCHO.INFO com informações da ABr)

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