Dilma visita o ex-marido em Porto Alegre e atrai manifestantes favoráveis ao impeachment

dilma_rousseff_517Presença indesejada – Diz a sabedoria popular que ex-mulher é para sempre. Se na prática a teoria se confirma não se sabe, mas em pelo menos um caso a afirmação é verdadeira. Ex-marido da presidente Dilma Vana Rousseff, o esquerdista Carlos Araújo está sentindo na pele a impopularidade da ex-companheira. Na verdade, Araújo sentiu à porta da própria casa, nos últimos dias, o desconforto da população em relação à crise que chacoalha o País do Monte Caburaí (RR) ao Arroio Chuí (RS), da Serra de Contamana (AC) à Ponta do Seixas (PB).

Depois de desistir do costumeiro pronunciamento à nação no Dia do Trabalho, 1º de Maio, interrompendo uma tradição do Executivo federal, a petista Dilma Rousseff aproveitou o feriado prolongado para descansar ao lado da família, em Porto Alegre, mais precisamente na companhia da filha e do neto. Na capital gaúcha, seu reduto eleitoral depois de integrar a guerrilha armada durante a ditadura militar, Dilma não foi bem recebida na terra de chimangos e maragatos. Ou seja, de nada adiantou escapar dos “panelaços” e “buzinaços” que inevitavelmente surgiriam a reboque de um pronunciamento oficial.

Protagonista de desarranjo econômico que há muito tira o sono dos brasileiros e enfrentando uma crise político-institucional sem precedentes nos últimos 25 anos, Dilma viu seu ex-companheiro ser alvo do protesto de gaúchos inconformados com a situação atual. Isso ocorreu na última sexta-feira (1), quando Dilma foi visitar, na Zona Sul de Porto Alegre, o ex-companheiro e pai de sua filha.

A tomarem conhecimento da presença da petista na casa de Araújo, manifestantes postaram-se diante do imóvel para protestar contra a presença da presidente da República na bela e acolhedora capital gaúcha. Usando camisetas amarelas e carregando cartazes e bandeiras do Brasil, os manifestantes pediram o “impeachment” da presidente, ao mesmo tempo em que usaram megafone e instrumentos de percussão para fazer barulho e embalar cânticos contra o PT. Por questões de protocolo, a segurança foi imediatamente reforçada no local. O evento confirma a péssima e crescente fase enfrentada por Dilma, que continua fugindo de compromissos públicos, ao mesmo tempo em que se nega a reconhecer a própria incompetência.

Nos tempos em que estava casada com Araújo, a presidente, que residia em Porto Alegre, referia-se aos petistas em tom de desprezo e para tanto usava a expressão pejorativa “essa gente”. Na ocasião, Dilma era filiada ao PDT, partido que a acolheu com as bênçãos do finado Leonel Brizola.

No momento em que a família começa a “pagar a fatura” pelos desacertos de um governante, significa que chegou a hora do adeus. Por enquanto o neto de Dilma, o pequeno Gabriel ainda não compreende a tragédia patrocinada pela avó, mas não demora muito e o garoto começará a sentir os efeitos da crise verde-loura, assim como já acontece com o avô. Com tantos bonés no Palácio do Planalto, à presidente só falta coragem para deixar o cargo. Até porque, torcida para que isso ocorra não falta.

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