325 trabalhadores da GM entram em lay-off; já são quase 800 funcionários afastados pela crise

carro_27Lobo mau – Na terça-feira (5), a General Motors anunciou a suspensão temporária do contrato de trabalho (lay-off), a partir da próxima sexta-feira, de 325 metalúrgicos da fábrica de São José dos Campos (SP). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da região, os trabalhadores receberão o comunicado nesta quarta.

Após a medida, o novo grupo junta-se aos 473 trabalhadores que entraram no regime de lay-off em 9 de março e retornarão à labuta no próximo mês de agosto. A ação, segundo a empresa, tem o objetivo de adequar a produção à baixa demanda do mercado e evitar que os funcionários excedentes sejam demitidos.

Durante o período de lay-off, os trabalhadores receberão parte dos salários do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e passarão por cursos de qualificação.

Também, segundo o sindicato, outro Programa de Demissão Voluntária (PDV) deve ser aberto na unidade nas próximas semanas. O último PDV, concluído há cerca de 20 dias, foi direcionado a supervisores e gerentes.

Na terça, 467 trabalhadores da fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) entraram em licença remunerada por tempo indeterminado. A unidade ainda tem cerca de 800 metalúrgicos em lay-off, com volta prevista para junho.

Uma manifestação contra os efeitos da crise deve ocorrer em São José dos Campos hoje, com trabalhadores da GM e empresas atingidas. O ato é organizado pelo sindicato local.

Em dezembro de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva pediu aos brasileiros para que de forma irresponsável elevassem o consumo, como forma de enfrentar as consequências da crise internacional, o UCHO.INFO afirmou que a lua de mel com o consumidor duraria pouco, pois não é à base do consumismo e do crédito fácil que se blinda a economia de um país.

Gazeteiro e fanfarrão, Lula apelou à desoneração tributária para impulsionar as vendas de determinados setores, em especial a de automóveis, mas caso de amor com as montadoras acabou de maneira trágica, como já era esperado. O setor automobilístico passou a tratar Lula como se fosse a reencarnação de Messias, mas hoje o demonizam com todas as forças.

O resultado macabro dessa incursão irresponsável do governo na economia brasileira era sabido, sendo que só embarcou na balela palaciana quem nada tinha a perder. E a conta, como sempre, acabou no bolso dos mais pobres e desprotegidos. Como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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