Dívida de R$ 55 milhões do PT paulista é balela para enganar o povo e sensibilizar incautos

dinheiro_110Papo furado – Desde o dia 17 de abril o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores em SP está proibido de receber doações de empresas privadas. O PT já registrou um prejuízo de R$ 55,2 milhões em 2014.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, o diretório do PT paulista arrecadou R$ 57,7 milhões em 2014, porém gastou R$ 112,9 milhões. O partido que teve a maior arrecadação no estado foi o PSDB, com R$ 74,9 milhões de receitam, contra R$ 68,6 milhões de despesas.

Em terceiro vem o PSD, que arrecadou R$ 30,7 milhões e gastou praticamente o mesmo valor. O SD vem em quarto lugar, que declarou à Justiça Eleitoral R$ 20,7 milhões de receitas e praticamente o mesmo montante em despesas. O PMDB aparece na sequência. O partido arrecadou R$ 15,8 milhões e gastou R$ 15,9 milhões.

Para o PT paulista, a maior parte do prejuízo, cerca de R$ 25 milhões, refere-se à dívida deixada pela campanha do candidato a governador Alexandre Padilha, hoje secretário municipal de Relações Institucionais de São Paulo. A outra parte é decorrente de dívidas deixadas por candidatos a deputado nas eleições do ano passado.

Na eleição de 2014, o PT sofreu uma das maiores derrotas em seu berço político. Dilma, com apenas 35% dos votos paulistas, foi derrotada na terra dos bandeirantes por Aécio Neves (PSDB), que teve 64%. Padilha amargou o terceiro lugar na disputa pelo governo estadual, com 18% dos votos.

Em abril, o diretório nacional do PT aprovou uma resolução que proíbe o recebimento de doações de empresas privadas em todas as instâncias partidárias.

Emídio de Souza, presidente do diretório estadual do PT, afirmou que o partido está conversando com os fornecedores das campanhas, entretanto não sabe como quitará a dívida. “Ainda não há uma resposta para essa pergunta. Estamos conversando com fornecedores e segurando por enquanto”, revelou.

Despertador a funcionar

Os brasileiros precisam acordar para a realidade e os partidos políticos deveriam abandonar a hipocrisia. É impossível acreditar que um candidato que concorre ao governo deixa R$ 55 milhões de dívida sem que os fornecedores promovam uma enorme chiadeira. Assim como todos os partidos, o PT tenta enganar a opinião pública com essa conversa fiada que conta com o endosso da Justiça Eleitoral.

A contabilidade real de uma campanha é algo tão escandaloso, que é capaz de corar de vergonha as dadivosas do mais mequetrefe lupanar. Que partidos políticos têm dividas e os famosos “pinduras” todo mundo sabe, mas 80% do que é considerado com passivo de campanha já foram quitados com dinheiro de caixa 2. Só acredita nessa balela partidária quem tem gosta de ser enganado.

Para que os leitores consigam avaliar a extensão da mentira, uma campanha com chance de vitória para a prefeitura de São Paulo, a maior cidade brasileira, não sai por menos de R$ 100 milhões. Para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista, é preciso ter fôlego para arrecadar pelo menos R$ 300 milhões, considerando a contabilidade oficial e o dinheiro do caixa 2. Uma campanha presidencial como a última de Dilma Rousseff, tão cinematográfica quanto mentirosa, consumiu pelo menos US$ 400 milhões.

Apenas para lembrar, o então senador petista Aloizio Mercadante, hoje um apagado chefe da Casa Civil, foi desmascarado Mendonça na CPMI dos Correios quando teve os gastos de campanha colocados em xeque pelo marqueteiro baiano. Dias depois do vexame televisionado para todo o País, Mercadante resolveu mudar o discurso e admitir gastos maiores em sua milionária campanha ao Senado Federal, em 2002. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

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