Cúpula do PSDB decide adular FHC em Nova York e abandona sabatina de Luiz Fachin no Senado

fhc_14Coisa de doido – Enquanto o PSDB tentava faturar com campanha levada ao ar em que garante que a oposição feita pelo partido é “a favor do Brasil”, integrantes da cúpula da legenda davam uma banana ao povo brasileiro e rumava a Nova York, sem se importar com a sabatina a que será submetido o advogado Luiz Edson Fachin, indicado pelo Palácio do Planalto ao cargo de ministro do Supremo. Fachin será sabatinado na terça-feira (12) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Entre os apelos de milhões de brasileiros que não querem ver Fachin alçado ao cargo de ministro do STF e a adulação a Fernando Henrique Cardoso, a nata do tucanato preferiu engrossar a claque do ex-presidente, que na mesma terça-feira será homenageado com o título de “Homem do Ano”, premiação instituída pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

Para incensar FHC, cada tucano de finas plumas marcará presença no elegante e caro hotel Waldorf Astoria, localizado no número 301 da Park Avenue, ao custo de US$ 1,5 mil por cabeça. Afinal, cada mesa com dez lugares foi vendida aos patrocinadores pela bagatela de US$ 15 mil. Sem considerar as despesas de transporte e hospedagem, que na mais badalada cidade do planeta custa muito. Nesse caso é preciso saber quem pagou a conta dos tucanos, conhecidos por terem escorpiões no bolso, começando por FHC.

Longe do poder desde 31 de dezembro de 2002, Fernando Henrique Cardoso nada fez em favor do Brasil nos últimos tempos. Considerando que na desvairada terra de Macunaíma nos últimos anos só se viu político fazendo bobagens, por certo FHC foi escolhido para receber a premiação porque nada fez. Para Nova York seguiram os tucanos Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira Filho e Tasso Jereissati, entre outros.

O UHO.INFO entende que para ser escolhido “o homem do ano” é preciso ter feito alo relevante no ano anterior ao da premiação, que não é o caso de FHC, exceto ter se casado, aos 83 anos, com uma mulher 46 anos mais jovem. Se isso é um feito a ser comemorado, o ex-presidente brasileiro merece o prêmio. Pelo lado norte-americano o condecorado é o também ex-presidente Bill Clinton, que enquanto inquilino da Casa Branca atuou fortemente nos bastidores m favor do colega brasileiro por ocasião do escândalo que ficou conhecido como Dossiê Cayman, obra de ficção sobre um fato verdadeiro.

Na quarta-feira (13), ainda em Nova York, depois da ressaca da premiação da noite anterior, os brasileiros que se especializaram em adulação profissional de novo encontrarão com FHC, desta vez em um dos mais caros cafés da manhã da história da humanidade. Para ver FHC falar durante míseros quinze minutos, logo cedo, cada participante do evento terá desembolsado US$ 4 mil. Afinal, o organizador desse indigesto desjejum cobrou absurdos US$ 40 mil por cada mesa com dez lugares. Empresas brasileiras se renderam a esse achaque, sendo que algumas pediram para não ter o nome revelado como patrocinadoras do evento. É o caso de uma empresa que atua no setor de metalurgia e cujo dono foi conselheiro da Petrobras durante os escândalos de corrupção.

Para fechar o café da manhã, os convivas terão direito a uma palestra do governo Geraldo Alckmin, de São Paulo, que foi à “Big Apple” na expectativa de atrair investimentos para o principal estado brasileiro. Se de fato esse é o objetivo de Alckmin, a palestra deveria ser dirigida a empresários norte-americanos, pois os brasileiros estão reticentes em relação a investimentos no Brasil, que chacoalha à sombra de uma crise econômica grave e preocupante.

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