Libertadores: Boca recorre da punição e dá como exemplo morte de Kevin Espada em jogo do Corinthians

daniel_angelici_01Vale tudo – Nesta segunda-feira (18), o argentino Boca Juniors recorreu da decisão da Conmebol de eliminar o clube da atual edição da Copa Libertadores da América depois da confusão ocorrida em seu estádio, o La Bombonera, na última quinta-feira, em que jogadores do River Plate foram atingidos por gás de pimenta.

Daniel Angelici, presidente do Boca, inclusive lembrou a morte do boliviano Kevin Espada, atingido por um sinalizador lançado pela torcida do Corinthians no jogo entre o alvinegro paulistano e o Bolívar, na edição de 2013 da Libertadores. Na ocasião, a punição do time brasileiro foi jogar com estádio vazio duas vezes.

“No ano passado (na verdade, há dois anos), em uma partida do Corinthians, morreu um menino de 14 anos e não o eliminaram do torneio. Portanto, não entendo o equilíbrio da punição”, ressaltou o mandatário do clube portenho.

Mesmo assim, Angelici afirmou estar pessimista sobre a possibilidade de reverter a punição, que estabelece a saída do clube do torneio, além de uma multa de US$ 200 mil e a proibição do uso do estádio nas próximas quatro partidas internacionais.

“Não estamos otimistas porque há muitos interesses alheios aos clubes, comerciais, já que já estão vendendo ingressos. Não há antecedentes de exclusão de uma equipe por um fato pontual”, afirmou o cartola argentino.

O dirigente ainda afirmou que a punição ao Boca favorece a atitude violenta de fanáticos e barras bravas. “Assim damos mais forças aos violentos. Nós, dirigentes, ficamos reféns dos violentos. Qualquer um que queira parar um jogo e ficar impune sabe que tem um antecedente”, acrescentou.

O presidente do Boca Juniors também revelou que planeja renunciar à vice-presidência da Associação do Futebol Argentino (AFA) porque não quer “ser parte de algo que não funciona”. (Por Danielle Cabral Távora)

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