Cameron pede que políticos apoiem referendo sobre UE ou deixem o governo

(O. Scarff - Reuters)
(O. Scarff – Reuters)
Dívida cruel – Primeiro-ministro britânico, David Cameron tentou dissipar novos sinais de rebelião no seu Partido Conservador sobre a União Europeia (UE), afirmando que os ministros terão de apoiar sua estratégia para o bloco ou deixar o governo.

Cameron, que antes de ser reeleito prometeu renegociar a relação do país com a UE, afirmou, à margem de uma reunião na Alemanha do Grupo dos Sete (G-7), que não tolerará dissidências.

“Se você quer ser parte do governo, você tem que assumir que estamos empenhados em um exercício de renegociação para realizar um referendo, e isso levará a um resultado bem-sucedido”, alertou o premiê a repórteres, quando indagado se permitiria que os ministros votassem de acordo com sua consciência. “Todo mundo no governo já se comprometeu com o programa estabelecido no manifesto conservador.”

O primeiro-ministro ainda prometeu realizar o referendo sobre a permanência do país na UE até o final de 2017. Ele disse que está confiante em chegar a um acordo que lhe permita recomendar aos britânicos votarem em favor da permanência no bloco de 28 nações, união da qual faz parte desde 1973.

Entretanto, sua situação não é segura, visto que ele tem uma maioria de apenas 12 cadeiras no Parlamento de 650 lugares. Uma rebelião sobre a Europa em sua própria bancada poderia inviabilizar a agenda legislativa mais ampla.

O britânico falou depois que um grupo de mais de 50 parlamentares de seu partido disse estar disposto a endossar uma campanha em apoio à saída britânica da UE, conhecida como “Brexit”, a menos que ele consiga mudanças radicais no bloco. Esse é o primeiro sinal de revolta dos eurocéticos desde que Cameron foi reeleito em maio. (Por Danielle Cabral Távora)

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