Caiado convidará ex-diretor do IPEA para explicar censura imposta por Dilma durante a eleição de 2014

dilma_rousseff_325Dita branda – Ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Herton Araújo, que denunciou a censura imposta pelo governo da petista Dilma Rousseff ao órgão durante as eleições de 2014, pode aterrissar em breve no Senado Federal para falar sobre o assunto. O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), prepara um requerimento para convidar Araújo a discorrer sobre a arbitrariedade cometida por Dilma e seus estafetas, algo que configura golpe declarado contra a democracia.

Em depoimento tomado em maio e revelado pelo jornal “Folha de São Paulo” nesta quinta-feira (9), Araújo confirma que houve interferência governamental durante o período eleitoral para a não divulgação de dados negativos, como o que atestou o aumento da miséria no país.

“Em qualquer nação que zela por suas instituições e pelo bom funcionamento do Estado, essa revelação sozinha teria força para derrubar um governo. Como é que um partido se apodera de um instituto público de pesquisa para dizer o que pode e o que não pode ser dito? Isso é um escândalo que coloca em xeque toda a credibilidade dos órgãos federais de pesquisa enquanto o PT estiver no comando”, afirmou Caiado.

O democrata quer ouvir o ex-diretor na Comissão de Fiscalização para que seja detalhado como se deu a censura e a pressão que culminou na sua carta de demissão. Em trecho revelado pelo jornal, Araújo também cita que “um diretor” afirmou que houve um pedido para divulgar dados depois da eleição. O convite servirá para identificar os atores envolvidos na denúncia.

“É mais um exemplo do modelo petista de apropriação da máquina pública que atesta a fraude eleitoral e a necessidade de novas eleições. O país parou em 2014 para que o Estado servisse de cabo eleitoral de Dilma”, concluiu Caiado.

Durante a corrida presidencial do ano passado, Dilma tentou “vender” à parcela incauta da população o melhor dos mundos, como se o Brasil fosse uma versão moderna e tropicalizada do País de Alice, aquele das maravilhas.

Em um dos debates entre presidenciáveis, a petista chegou ao cúmulo de afirmar que a inflação estava próxima de zero, o que na época já era uma sonora e absurda mentira. Os meses se passaram e a inflação oficial, o mais temido fantasma da economia, ultrapassou com folga o teto da meta (6,5%) fixada pelo governo.

Fosse o Brasil um país que contemplasse o modelo clássico do impeachment, Dilma já teria sido expulsa do Palácio do Planalto por não mais gozar da confiança da população, que há muito não dorme por causa da disparada dos preços. Por outro lado, se vivêssemos sob o regime parlamentarista, o governo de Dilma já teria sido dissolvido ainda no primeiro mandato. Como nossa realidade é outra, cabe aos brasileiros de bem pressionar para que a presidente renuncie ao mandato, pois só assim o País retomará o rumo correto.

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