Nome da Operação Nessun Dorma foi recado a Gleisi Hoffmann, que comemora “pizza” da Lava-Jato

gleisi_hoffmann_94Noites de insônia – Embora a Polícia Federal negue que o nome da “Operação Nessun Dorma” teve como fonte de inspiração a famosa ária homônima da ópera Turandot, de Giacomo Puccini, especialistas em música erudita acreditam que o título não apenas foi sacado da obra do compositor italiano, mas representa um claro recado para a senadora Gleisi Helena Hoffmann, que afunda cada vez mais na lama que emerge do petrolão, o maior escândalo de corrupção da história moderna.

Conhecida no Paraná por sua arrogância, o que lhe rende o título de “Barbie da Tríplice Fronteira”, Gleisi, que vem comemorando ruidosamente o fato de ter saído da mira do juiz federal Sérgio Moro, deveria manter a cautela, considerando as investigações da Operação Pixuleco II, décima oitava eatapa da Lava-Jato.

Dois dos ministros do STF escandalosamente alinhados ao PT – Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli – manobraram para que Gleisi e a Pixuleco II saíssem de Curitiba, passando para a jurisdição da Justiça Federal em São Paulo. A resposta veio com a Nessun Dorma, recomendação para que ninguém, especialmente Gleisi, durma.

Na ópera de Puccini, a cruel princesa Turandot manda executar todos os pretendentes à sua mão que não decifrarem três enigmas. Até que um príncipe desconhecido decifra as charadas e ganha o direito a casar com a princesa. Generoso (ou sádico?), ele diz que não quer ter a princesa contra a sua vontade. Ele propõe que Turandot não precise casar com ele e possa mandar executá-lo se decifrar um único enigma: qual é o nome do príncipe desconhecido.

Funcionários públicos do império percorrem as ruas de Pequim (a princesa é chinesa), pois Turandot ordenou que ninguém durma nessa noite para solucionar o enigma. Todos devem ajudar a descobrir o nome do príncipe desconhecido. Nesse momento é cantada pelo príncipe Calaf (o tal desconhecido) a ária Nessun Dorma.

“Nessun dorma! Nessun dorma! / Tu pure, o, principessa / Nella tua fredda stanza / Guardi le stelle / Che tremano d’amore / E di speranza / Ma il mio mistero è chiuso in me / Il nome mio nessun saprá! / No, no, sulla / tua bocca lo diró / Quando la luce splenderá!”.

(“Ninguém durma! / ninguém durma! / Tu também, ó princesa / na tua fria alcova / olhas as estrelas / que tremulam de amor / e de esperança! / Mas o meu mistério está fechado em mim / O meu nome ninguém saberá! / Não, não, sobre a tua boca o direi / Quando a luz resplandecer!”)

Gleisi seria Turandot, a fria princesa que manda seus pretendentes para a lâmina do carrasco, que acredita estar a salvo da Justiça devido à dificuldade intrincada de seus enigmas. O príncipe desconhecido seria uma referência à próxima delação premiada. Que pode vir até mesmo de José Antunes Sobrinho, um dos donos (príncipe?) da empreiteira Engevix e um dos mais generosos doadores das campanhas de Gleisi Hoffmann. Até descobrir qual é o nome do príncipe (ou delator) desconhecido, Gleisi também não poderá dormir.

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