Dólar ignora o discurso mitômano de Dilma na ONU e fecha os negócios cotado acima de R$ 4

dolar_53Fio trocado – Dilma Vana Rousseff, a presidente da República, preparava-se para despejar uma cascata de mentiras sobre os participantes da 70ª Assembleia-Geral da ONU quando recebeu as primeiras informações sobre o mercado de câmbio no Brasil. Ciente de que o dólar voltara a romper a barreira dos R$ 4, depois de dois dias de recuo por causa da interferência do Banco Central, que vendeu contratos de swap cambial, Dilma não conseguiu esconder seu péssimo humor durante o discurso.

Depois de encerrar a última sexta-feira (25) cotada a R$ 3,9757, fruto do temor de novos rebaixamentos do grau de investimento do Brasil, a divisa norte-americana voltou a operar em alta, contrariando as expectativas da equipe econômica do desgoverno petista.

No sprint final dos negócios desta segunda-feira o dólar valorizou, após o diretor-geral da Fitch para o Brasil, Rafael Guedes, afirmar mais uma vez que a perspectiva negativa atribuída à nota de crédito do Brasil significa que existe chance acima de 50% de a agência rebaixar o país nos próximos 12 a 18 meses. Contudo, Guedes sinalizou que a Fitch não deve retirar do Brasil o selo de bom pagador quando tomar sua decisão sobre a nota ao afirmar que, “historicamente” a agência não corta rating em dois degraus, movimento necessário para a retirada do grau de investimento.

De tal modo, o dólar comercial encerrou a segunda-feira valendo R$ 4,1095, valorização de 3,37%, maior alta desde 21 de setembro de 2011 (+3,75%).

Em mais um discurso marcado pelo autismo político e pela esquizofrenia administrativa, Dilma tentou convencer os participantes da Assembleia-Geral da ONU de que o cenário internacional tem prejudicado a economia brasileira, mas é irresponsabilidade negar que o temor maior do mercado financeiro verde-louro está relacionado à instabilidade política que reina no País e a dificuldade inconteste do governo para aprovar o anunciado pacote de ajuste fiscal, que conta com a volta da CPMF.

Além disso, influenciou o retorno do dólar acima dos R$ 4 a cautela dos investidores em relação aos mercados externos, com pressão sobre moedas emergentes, como, por exemplo, os pesos chileno e mexicano. Ademais, o mercado financeiro acompanha com atenção redobrada a possibilidade de o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, elevar a taxa de juro até o final deste ano. Se isso acontecer, a situação econômica brasileira ficará ainda pior, com fuga de capitais.

Por outro lado, interferiu também na alta do dólar o crescimento econômico global, que balança por causa da China e da chamadas economias emergentes, reduzem, não é de hoje, a procura por ativos de risco.

Em suma, se alguém tinha dúvida do excesso de mitomania que marcou o discurso de Dilma na ONU, o mercado de câmbio tratou de provar que a petista é desconexa em relação à realidade econômica brasileira, que hoje sofre as consequências de um governo incompetente, perdulário, corrupto e paralisado.

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