Alvos da Lava-Jato, Marcelo Odebrecht e Bumlai continuam integrando o “Conselhão” de Dilma

marcelo_odebrecht_13Impressão digital – Em meio à tempestade, o comandante de um navio sempre toma decisões para evitar que a nau vá a pique, mas quando a água começa a invadir os porões, o melhor a se fazer é jogar-se ao mar na esperança de que surja uma tábua de salvação. Dilma Vana Rousseff, ainda presidente da República, enfrenta um maremoto embalado por tempestade, sem perspectiva de sair ilesa do sacolejo político-administrativo que afeta o Palácio do Planalto, mas a petista se recusa a pegar o boné e ir embora. Quando pequenos detalhes passam despercebidos na seara do Executivo, por certo o governo chegou ao fim sem que alguém percebesse o capítulo final.

Tentando vender à parcela incauta da população brasileira a ideia de que o País passa por um momento de “travessia”, o que não é verdade, Dilma e sua incompetente assessoria já não mais se preocupam com pequenas coisas, o que denota a incompetência do mais corrupto governo da história.

Para dar ares de austeridade e competência ao governo, o PT, logo no início da era Lula, se agarrou ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”, como forma de envernizar uma equipe administrativa marcada pela incompetência. Tanto é assim, que o Brasil está mergulhado na crise por conta de mais de uma década de desmandos.

O tal “Conselhão”, recheado de figuras proeminentes da sociedade civil – e outras nem tanto –, reúne-se de tempos em tempos, sem que tome qualquer decisão em prol do País e da população. Mesmo assim, serve para reforçar a tese malandra e boquirrota de que o Brasil é o “País de Alice”, aquele das maravilhas.

Quem acessa a página do “Conselhão” na internet se depara com uma longa lista com nomes dos integrantes do grupo, mas pequenos senões chamam a atenção do internauta mais atento. Na lista de notáveis (sic) constam dois nomes que há muito deveriam ter sido retirados da página: Marcelo Bahia Odebrecht e José Carlos Bumlai.

Presidente da holding do grupo Odebrecht Marcelo Bahia é um dos principais alvos da Operação Lava-Jato e continua preso em Curitiba por decisão do juiz federal Sérgio Moro, que conseguiu mandar para a cadeia os proprietários e executivos das empreiteiras que participaram do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da modernidade, que durante uma década sangrou os cofres da estatal petrolífera. Marcelo Odebrecht não deve sair tão cedo da prisão, já que os crimes que envolvem a empreiteira da família podem culminar em uma pena pesada, já que o empresário ainda não aderiu à delação premiada.

O fato de Odebrecht integrar o “Conselhão” do governo da petista Dilma Rousseff causa espécie, pois na esteira da Lava-Jato a Polícia Federal identificou mensagens trocadas entre executivos da empresa com críticas à presidente da República. Clique e confira o relatório da PF sobre os celulares de Marcelo Odebrecht.

Outro nome estranho no “Conselhão” é o de José Carlos Bumlai, o pecuarista que tinha trânsito livre no Palácio do Planalto na época em que o agora lobista Lula decidia os destinos do Brasil. Conselheiro rural de Luiz Inácio do Silva, Bumlai teve o nome citado no escopo da Lava-Jato pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e preso nas primeiras incursões da Polícia Federal. Costa, em depoimento de delação premiada, disse que José Carlos Bulai é muito ligado a Fernando. Baiano.

Para quem não se recorda, Bumlai foi sócio da Immbrax, fornecedora da Petrobras e de empreiteiras flagradas ciranda de corrupção que girava na estatal. Entre 2010 e 2011, a Immbrax faturou R$ 2,5 milhões em vendas à estatal, através de contratos firmados com dispensa de licitação ou na modalidade de convite. Durante o governo do lobista Lula, de quem é amigo visceral, Bumlai tinha acesso livre no Palácio do Planalto, com direito a regalias que nem mesmo ministros de Estado conseguiram conquistar.

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Como se não bastasse, a Justiça de São Paulo retomou o processo criminal do Caso Sanasa – esquema de fraudes e corrupção em contratos de obras de abastecimento e saneamento da empresa municipal de água de Campinas. O imbróglio envolve duas construtoras que integravam o chamado “Clube do Bilhão”, que atuava na Petrobras – Camargo Corrêa e Constran – e pode complicar sobremaneira a vida de José Carlos Bumlai.

Resumindo, Odebrecht e Bumlai já deveriam ter sido excluídos do “Conselhão” da Dilma, uma vez que o modus operadi de ambos nada tem a ver com desenvolvimento econômico e social. Enfim…

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