Fim da novela: mensaleiro Henrique Pizzolato chega a Brasília e segue para o Complexo da Papuda

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Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, o petista Henrique Pizzolato desembarcou no início da manhã desta sexta-feira (23) em Brasília, após longa batalha do governo brasileiro para trazê-lo de volta ao País. Ele foi extraditado na quinta-feira da Itália, onde estava foragido há pelo menos 23 meses. Pizzolato foi condenado a doze anos e sete meses de prisão por envolvimento no processo do Mensalão do PT, o primeiro rumoroso escândalo de corrupção da era petista.

O ex-diretor do BB foi trazido em voo comercial da TAM que partiu do Aeroporto de Malpensa, em Milão, e pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) por volta das 06h25. Após procedimentos de rotina na Polícia Federal, onde esteve durante cerca de uma hora, o mensaleiro condenado de onde embarcou em avião da corporação policial rumo à capital dos brasileiros.

Pizzolato desceu do avião, em Brasília, sem algemas e foi levado em carro descaracterizado da PF, escoltado por outras duas viaturas, ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Sem falar à imprensa, ele entrou direto para a sala do médico legista, onde permaneceu por cerca de meia hora. De acordo com a Polícia Civil do DF, no exame não foi constatada qualquer lesão.

Por volta das 10 horas, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde outros condenados no processo do Mensalão do PT já estiveram presos. Pelo menos onze policiais federais participaram da operação de transferência do petista.

Pizzolato deixou a Itália na noite de quinta-feira (horário local), para onde fugiu com um passaporte falsificado em nome do irmão, mas acabou sendo localizado e preso em Maranello, cidade no norte do país europeu. Quando descia do avião, em São Paulo, o ex-diretor do Banco do Brasil foi vaiado por parte dos passageiros.

O governo brasileiro pretende cobrar de Pizzolato todas as despesas referentes ao processo de extradição, assim como aguarda manifestação da Justiça italiana para solicitar a repatriação de 113 mil euros que estavam em poder do petista no momento de sua prisão em Maranello.

Ademais, Henrique Pizzolato terá de arcar com outras despesas, como, por exemplo, a multa que compõe a pena condenatória proferida pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470. A grande questão é saber quem pagará essas contas, já que Pizzolato sabe muito mais acerca da bandalheira petista do que gostariam os “companheiros”.

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