Um estudo publicado na revista BMC Medicine no mês passado analisou os efeitos da alimentação no risco de desenvolver depressão.
A pesquisa espanhola concluiu que pessoas que recorrem à dieta mediterrânea ou a uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes têm menos riscos de ficar deprimidas.
Saiba quais os alimentos que fazem bem:
Alimentos frescos
Segundo a nutróloga Ana Luisa Vilela, alimentos sem conservantes podem ajudar a produzir mais o neurotransmissor serotonina e, consequentemente, melhorar o bom-humor.
Carboidratos
Consumir carboidratos é importante. “Carboidratos fornecem energia cerebral. O cérebro é movido à glicose”, diz Ana Luisa. A especialista aconselha que a pessoa opte por bons carboidratos, com índice glicêmico baixo, como arroz integral ou batata-doce.
Frutas cítricas
Fonte de Vitamina C, as frutas cítricas melhoram o sistema imunológico. “Uma alimentação equilibrada facilita muito o tratamento de doenças. Em um quadro depressivo, a pessoa se alimenta mal e acaba com baixa imunidade. Isso agrava o quadro que já é ruim”, afirma Ana Luisa.
Folhas verdes
Folhas verdes, como brócolis, espinafre e couve, são importantes por representarem fonte de ferro. “Pessoas anêmicas tendem à depressão porque estão fracas, têm dificuldade de fazer outras atividades”, diz Ana Luisa. As folhas verdes também têm ácido fólico, vitamina essencial para a saúde do sistema nervoso.
Oleaginosas
Oleaginosas, como castanha, noz e amêndoa também são recomendadas pela médica, mas devem ser consumidas com moderação. Em geral, a especialista sugere no máximo 50 gramas por dia. “Oleaginosas são ricas em ômegas, têm zinco, eletrólitos e minerais que ajudam na reconstrução das células”.
Cores
Ana Luisa recomenda um prato bem colorido, com mais ou menos cinco cores no dia a dia. “Com alimentos frescos e coloridos, a pessoa garante os nutrientes que precisa para o bom funcionamento do organismo e para ter mais disposição”. A especialista lembra ainda que a boa alimentação deve ser constante. “Não basta só comer bem um dia”.
Já o álcool é uma substância que deve ser evitada quando a pessoa tem tendência a ficar deprimida ou já está em um quadro depressivo. “Quando a gente consome muito álcool, o cérebro fica viciado no estímulo. Quando a gente se abstém, sente falta. Acaba que a pessoa fica dependente disso para ficar feliz”, destaca.