Envolvimento de Gleisi no Petrolão e na Pixuleco II provoca um “salve-se quem puder” no PT do Paraná

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Com a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) afundando cada vez mais nos escândalos investigados pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, em especial no caso das propinas do Petrolão e e no esquema desvendado pela Operação Pixuleco II, o PT do Paraná iniciou um movimento de “salve-se quem puder”.

Nas últimas semanas, o partido perdeu, só na terra das araucárias, oito dos prefeitos que elegeu em 2012, todos da base política da senadora. Ninguém quer compartilhar o naufrágio ético e os efeitos políticos dos desdobramentos penais, os quais ameaçam Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações) as duas principais lideranças do partido no estado.

Os oito prefeitos que saíram do PT representam 11% do total que o partido elegeu em 2012 no Paraná. A diáspora tende a crescer e a bancada do partido a encolher dramaticamente na mesma proporção, à medida que a crise econômica provocada pelos desmandos do PT e a desmoralização causada pela roubalheira conduzida pelo partido continue a ser divulgada, avaliam os analistas políticos no Paraná.

Os especialistas creem que o estrago produzido no estado tende a ser ainda maior que o registrado no plano nacional, isso porque reverbera com força o envolvimento direto de Gleisi e o marido nos principais escândalos investigados pela Polícia Federal. Gleisi fazia o gênero “boa moça”, mas agora revela-se uma política prepotente, envolvida no principais escândalos do PT, diz um ex-militante petista.

Fazer campanha pelo PT no Paraná nunca foi fácil, pois o estado sempre foi resistente à pregação petista. Em 2016, com os escândalos explodindo e a economia implodindo, com milhões de desempregados, defender a legenda será missão suicida. E os políticos têm plena consciência da situação, avalia um ex-deputado do PT. Ele acredita que Gleisi e o marido não terão nem mesmo solidariedade no calvário que se aproxima. Afinal, sempre foram arrogantes e prepotentes. Os militantes foram tolerados enquanto os Hoffmann-Bernardo flanavam nas esferas do poder, benesse que nunca compartilharam com o partido. Agora terão de pagar um preço excessivamente caro pela soberba, avalia o “ex-companhheiro”.

O envolvimento de Gleisi no Petrolão (levou R$ 1 milhão de Alberto Youssef) e na Pixuleco II (R$ 7 milhões do esquema Consist teria sido direcionado ao advogado Guilherme Gonçalves, que pagava despesas do casal) provocou efeito devastador no PT do Paraná, já abalado pelos escândalos envolvendo o governo petista e pela grave crise econômica.

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