Arrogante e debochado, Lula diz que não teme ser preso nas operações Lava-Jato ou Zelotes

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Abusado e ousado, como todo ser que encontra-se em situação de perigo ou ameaça, Luiz Inácio da Silva, que entrou para a História pela porta do fundo e agora dedica-se ao lobby de empreiteiras, continua se valendo do deboche para se defender de algo indefensável. Responsável, juntamente com Dilma Rousseff, pelo período mais corrupto da história nacional, Lula insiste em acreditar que é um intocável, ao mesmo tempo em que tenta passar à opinião pública que é uma versão tropical do “Super Homem”. Nada absurdo para quem já se comparou a Jesus Cristo.

Em entrevista ao SBT, o ex-metalúrgico afirmou não ter mede de ser preso nas operações Lava-Jato ou Zelotes. Menos mal, pois a chance de isso acontecer cresce com o avanço das investigações da Polícia Federal, que o petista sempre acreditou que fosse uma polícia de governo, não de Estado.

“Não temo [ser preso]. Eu duvido que tenha alguém neste país – do pior inimigo meu ao melhor amigo meu, qualquer empresário pequeno ou grande – que diga que um dia teve alguma conversa ilícita comigo”, afirmou o prepotente e populista Lula.

Por certo ninguém falará o que Lula sugere, pois há muitas pessoas envolvidas em escândalos de corrupção que temem ser presas, ao contrário do ex-presidente, que com esse discurso molambento e oportunista busca passar a ideia de que é alvo de perseguição da elite golpista e da imprensa conservadora.

Ainda ironizando as investigações da Lava-Jato e da Zelotes, Lula afirmou que o Brasil está “vivendo neste momento a república da suspeição”. De acordo com o lobista da Odebrecht, no Brasil não é mais necessário ter provas contra um acusado, mas apenas suspeitar de alguém para que o mesmo esteja condenado.

Esse coquetel que mescla “bom-mocismo” chicaneiro com vitimização malandra não mais convence uma população que descobriu tardiamente ter sido roubada durante mais de uma década, a reboque de um conjunto de ações típicas de organizações criminosas.

Lula pode dizer o que quiser, pois o Brasil ainda é uma democracia, que como tal garante a liberdade de expressão, mas sua fala contraria a postura de companheiros de legenda, que durante anos a fio, enquanto oposição, aterrissavam nas redações dos grandes jornais com documentos de origem suspeita para incriminar adversários políticos.

Como se não bastasse, Lula precisa voltar rapidamente na linha do tempo e ressuscitar a fala de José Dirceu, agora preso em Curitiba, que por ocasião do imbróglio conhecido como “Anões do Orçamento” disse que para cassar o mandato dp deputado Ricardo Fiúza (PF-PE), já falecido, eram necessárias evidências, não provas. O que mostra que a “companheirada” muda facilmente de discurso, dependendo da conveniência.

Entre risos, Lula extrapolou na seara da ironia ao dizer que jamais foi alertado sobre o escândalo de corrupção que derreteu a Petrobras, o chamado Petrolão. “Eu não fui alertado pela gloriosa imprensa brasileira, não fui alertado pela Polícia Federal, eu não fui alertado Pelo Ministério Público e eu sou o presidente que mais visitou a Petrobras”, declarou. “Essas coisas você só descobre quando a quadrilha cai”, emendou.

De novo o UCHO.INFO destaca que Lula tem o direito de manifestar-se da forma que melhor lhe convém, mas ele foi avisado sobre o Petrolão pelo criador do esquema de corrupção que saqueou os cofres da estatal. Coube ao então deputado federal José Janene (PP-PR), também já falecido, anunciar a entrada em vigor do esquema criminoso criado para substituir o Mensalão do PT.

Fora isso, Lula tinha conhecimento do esquema, pois sabia que o apoio incondicional que tinha no Congresso Nacional não era proveniente da boa vontade e patriotismo dos parlamentares, mas da distribuição de dinheiro sujo advindo da roubalheira na estatal.

Tão arrogante quanto ignorante, o que não significa que seja desprovido de inteligência, Lula não perdeu a chance de provocar Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor no Palácio do Planalto. O petista disse que o tucano tem “problema de soberba” e que “O FHC sofre com o meu sucesso”.

Primeiramente é preciso saber o que Lula entende por sucesso. Se a base de tal interpretação for o banditismo político, sem dúvida que o ex-presidente da República está coberto de razão: ele é a personificação do sucesso.

“Ele devia pensar: O Lula não fala inglês, o Lula não sabe falar com pessoas”, provocou o petista, acrescentando que o seu governo “se transformou numa coisa admirada em todo mundo”.

Somente na mente tacanha de um apedeuta e dublê de alarife pode surgir a ideia de que o mais corrupto governo da história pode ser admirado em todo o planeta. Lula tem certeza de que é uma reinvenção de Messias, um penduricalho na árvore genealógica de Aladim, o gênio da lâmpada, mas na verdade é um malandro profissional que está a um passo de ser preso por corrupção e outros quetais. Mas é preciso saber o momento exato de colocar as mãos no gatuno das multidões, pois do contrário ocorrerá um processo de oxigenação de uma das piores figuras da política nacional.

Em suma, a entrevista de Lula foi algo desnecessário, no melhor estilo missa encomendada, que serviu apenas para turbinar a certeza das autoridades que sabem ser a cadeia o seu destino final.

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