Lava-Jato: força-tarefa do Ministério Público Federal de São Paulo começa investigar Gleisi Hoffmann

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Criada para investigar a petista Gleisi Helena Hoffmann e os desdobramentos da Operação Lava-Jato, força-tarefa do Ministério Público Federal em São Paulo começou a agir. Quatro procuradores da República integram a equipe: Silvio Luís Martins de Oliveira, Rodrigo De Grandis, Andrey Borges de Mendonça e Vicente Solari de Moraes Rêgo Mandetta. As informações são da Gazeta do Povo.

O primeiro caso sob a análise do Grupo de Trabalho é relativo às empresas do Grupo Consist Software, que fecharam contratos sem licitação com o Ministério do Planejamento, provocando desvio de R$ 52 milhões na área de empréstimos consignados. A Consist nega irregularidades. Nada menos que R$ 9 milhões desses recursos desviados foram parar nas contas do advogado de Gleisi e Paulo Bernardo da Silva, o curitibano Guilherme Gonçalves.

A Operação Lava-Jato chegou ao caso Consist em agosto passado, quando a Polícia Federal, sob o manto da Operação Pixuleco II, prendeu o ex-vereador de Americana (SP), Alexandre Romano, o Chambinho (ex-PT). Ele teria elo com o escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves, que atua em causas de interesse do PT, em especial de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo.

Chambinho está em prisão domiciliar, com direito a tornozeleira eletrônica. Quando o caso ainda estava sob o crivo da Justiça Federal no Paraná, base da Lava-Jato, investigadores apontaram supostos repasses para custeio de despesas de campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Por conta disso, o juiz federal Sergio Fernando Moro, que conduz na primeira instância do Judiciário, na capital paranaense, os processos decorrentes da Lava-Jato, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) todos os dados relativos à senadora petista. A Corte manteve sob sua guarda essa etapa da investigação, pois Gleisi detém foro privilegiado.

Foi enviada para São Paulo a parte do inquérito que não menciona políticos. A senadora, por sua vez, nega ter recebido valores ilícitos. O caso Consist foi distribuído, no início de outubro, para a 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, que tem como juiz titular João Batista Gonçalves.

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