Arrecadação federal cai pelo sétimo mês seguido, recua 11% em outubro e dá a dimensão da crise

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Mesmo que a presidente Dilma Rousseff queira esconder a verdade, aplicando mais um drible nos brasileiros incautos, a realidade da crise econômica é muito pior do que parece. Esse quadro invalida o discurso oficial da “travessia”, que desde o primeiro momento não convenceu.

Quando Luiz Inácio da Silva, então presidente da República e agora um enrolado lobista de empreiteira, pediu para que os brasileiros mergulhassem no consumismo como forma de minimizar os efeitos colaterais da crise internacional (2008-2009), o UCHO.INFO afirmou, logo no primeiro anúncio, que a estratégia oficial era irresponsável e que levaria o País à quebradeira. Isso porque não se estimula uma economia, por menor que seja, à base de consumo irresponsável e sem a antecipada geração de renda.

Na ocasião, os palacianos acusaram o UCHO.INFO de torcer contra o Brasil e de ser adepto da teoria do “quanto pior, melhor”, mas sabem os leitores do nosso compromisso com o País e seus cidadãos.

O tempo passou e a conta da economia nacional não fecha, situação que ainda deve perdurar durante longos meses. Afinal, assim como estimular a economia com varinha de condão é utopia, tirá-la do atoleiro da mesma maneira é missão impossível.

De acordo com dados da Receita Federal divulgados nesta terça-feira (17), a arrecadação federal teve queda real de 11,3% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em outubro, os tributos federais arrecadados somaram R$ 103,5 bilhões.

Trata-se do sétimo mês seguido de queda na arrecadação, considerando valores corrigidos pela inflação (IPCA). Mais uma vez – e não poderia ser diferente – o resultado é o reflexo imediato da retração da economia em 2015. No acumulado do ano (janeiro a outubro), a arrecadação registra queda real de 4,54%, somando R$ 1,04 trilhão.

De acordo com a Receita, foram afetados neste ano, por exemplo, os recolhimentos de IRPJ/CSLL (-12,7%) e as receitas previdenciárias (-5,4%). Também houve redução na arrecadação de PIS/Cofins, IPI e IRPF. No contraponto, aumentou o recolhimento de Cide (combustíveis), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto de Renda sobre residentes no exterior e rendimentos de capital, sendo que os dois últimos tributos são retidos na fonte.

Com a queda na arrecadação e a dificuldade que ronda a aprovação do pacote de ajuste fiscal, o governo petista empurra cada vez mais o Brasil no oceano da crise, sem que a presidente esboce qualquer reação para reverter o quadro atual.

No momento em que Dilma decidir de fato cortar despesas e eliminar milhares de cargos de confiança, aos quais estão agarrados os “companheiros” e os apaniguados do governo, quem sabe será possível discutir sobre uma luz ao final do túnel. Até lá, o melhor é se acostumar a viver na escuridão provocada por uma crise que os palacianos insistem em ignorar.

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