David Cameron pedirá autorização do Parlamento britânico para atacar o Estado Islâmico na Síria

david_cameron_1001

Nesta segunda-feira (23), o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que buscará apoio do Parlamento para que o Reino Unido possa integrar a coalizão internacional que atua contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.

A declaração foi realizada após um encontro entre Cameron e o presidente francês, François Hollande, em Paris. “No final desta semana, apresentarei ao Parlamento uma estratégia contra o EI. Eu apoio a ação que o presidente Hollande tomou para lutar contra o EI na Síria e estou convencido que o Reino Unido deveria fazer o mesmo”.

O primeiro-ministro colocou à disposição da França a base aérea britânica da Royal Air Force (RAF) em Akrotiri, no Chipre, para operações do país contra a milícia extremista.

No último dia 13, uma série de atentados terroristas em Paris deixou 130 mortos e 350 feridos. Nesta segunda, Cameron e Hollande visitaram a casa de shows Bataclan, em homenagem às 90 pessoas que morreram no local.

A França, que integra uma coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico, aumentou consideravelmente seus ataques aéreos na Síria depois dos atentados em Paris.

Guerra e mudança climática

O príncipe Charles Philip Arthur George Mountbatten-Windsor, ou simplesmente príncipe Charles, herdeiro da Coroa britânica, afirmou em entrevista que as causas da guerra civil síria, do terrorismo e da crise de refugiados têm suas raízes na mudança climática. A entrevista foi gravada há três semanas, isto é, antes dos ataques em Paris.

“Alguns de nós diziam 20 e poucos anos atrás que, se não enfrentássemos esses problemas, veríamos mais conflitos sobre recursos escassos e mais dificuldades com a seca. O efeito acumulado da mudança climática significaria que mais pessoas teriam que se deslocar”, disse.

“De fato, há boas evidências de que uma das principais causas para este horror na Síria foi uma seca que durou de cinco a seis anos, o que levou muitas pessoas a abandonarem suas terras e irem para as cidades”, completou.

Na próxima semana, Charles deverá discursar na COP21 (21ª Conferência do Clima da ONU).

apoio_04