Após ameaçar processar a Veja, Romário admite ter mantido conta na Suíça enquanto jogava na Europa

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Ex-jogador de futebol e senador pelo PSB do Rio de Janeiro, Romário de Souza Faria voltou a ser alvo de questionamentos, nesta semana, sobre conta bancária na Suíça. Ele foi citado pelo advogado de Nestor Ceveró, Edson Ribeiro, em suposta gravação.

Na sexta-feira (27), em entrevista ao jornal “O Globo”, Romário declarou que já teve conta no banco suíço BSI. O ex-jogador afirmou que pediu à Procuradoria-Geral da República para que as autoridades brasileiras provoquem a abertura de uma investigação na Suíça sobre sua suposta conta bancária. “Solicito que seja oficiado ao Ministério Público Suíço para que instaure procedimento investigatório, a fim de apurar se a suposta conta bancária apontada pela revista “Veja”, como sendo de minha titularidade do BSI, realmente existe e, ainda, se algum existiu, assim como se já houve qualquer movimentação na malsinada conta bancária”, destaca um trecho do pedido.

“Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI. Só não sei o ano”, explicou o senador. Ele também disse não lembrar quando a conta foi fechada. “Eu não me lembro, mas acredito que se a conta não é movimentada, ela é fechada automaticamente”, completou Romário, que atuou na Europa entre 1988 a 1994, quando jogou pelo PSV (Holanda) e Barcelona.

Romário voltou a negar qualquer irregularidade e disse que a citação de seu nome na gravação que levou o senador Delcídio do Amaral (PT) à prisão não passa de “fanfarronice do senador”.

“É fanfarronice dele (Delcídio) ter me colocado nessa história. Em relação ao que o advogado fala, a gente está vivendo um momento diferente no Brasil. Não se pode dar credibilidade a bandido, vagabundo. Ouviram o meu nome na gravação que foge completamente do assunto que esses vagabundos estavam fazendo lá. Estou tranquilo porque eu não devo porra nenhuma a ninguém e não tenho conta na Suíça”, afirmou.

De acordo com o advogado, identificado no áudio vazado, o ex-jogador teria aceitado apoiar Pedro Paulo, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, para suceder Eduardo Paes. O diálogo, que teria sido gravado no início deste mês, embasou as ordens de prisão contra Delcídio Amaral e Edson Ribeiro, cumpridas na última quarta-feira (25) pela Polícia Federal.

Em entrevista a jornalistas durante o evento-teste de canoagem slalom para a Rio-2016, o prefeito Eduardo Paes defendeu Romário. “Acho lamentável que essas acusações sejam feitas contra ele quando isso já foi desmentido pelo próprio órgão de imprensa que divulgou essa notícia (revista Veja). Acho que devemos ter respeito pelo senador Romário e a sua história. O que eu ouvi na gravação foi um advogado numa reunião pré-crime fazendo ilações sobre o senador Romário. O senador é um homem sério”, comentou.

“Eu me lembro que teve gente me acusando de ter vazado documentos de uma conta na Suíça do Romário. Agora, vão me acusar de tirar a conta dele. Não vou aceitar essas ilações, até por respeito ao senador Romário. Romário é uma pessoa de sucesso no esporte e na política. Torço muito para ter o apoio dele em 2016, 2018, 2020. Tive a honra de ter apoio dele em 2008 e 2012. Tenho nele uma referência’, completou Eduardo Paes.

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