Gillette cancela patrocínio à CBF por causa de escândalos de corrupção envolvendo “cartolas”

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De acordo com a Procter & Gamble (P&G), o fim do patrocínio da Gillette à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi motivado pelos escândalos de corrupção que atingem os últimos três ex-presidentes da entidade.

Na segunda-feira (7), a empresa confirmou, em comunicado, ter rescindido o contrato que dava à Gillette o direito de ser patrocinadora da entidade. “A decisão se baseia em cláusula do contrato que prevê a rescisão caso haja algum fato que possa oferecer riscos à preservação da imagem da companhia”, afirmou a P&G.

A empresa é a primeira a deixar a CBF após José Maria Marin, ex-presidente da entidade, ter sido preso em 27 de maio, na Suíça, acusado de corrupção. Marin, que está sob regime de prisão domiciliar em Nova York (EUA), era vice-presidente da CBF quando foi preso e enfrenta dificuldades para efetuar o pagamento da garantia da fiança estipulada pela Justiça norte-americana.


É a primeira vez que a P&G se manifesta publicamente sobre o fim do contrato de patrocínio à Confederação Brasileira de Futebol. Até o caso ser revelado pela imprensa, a empresa não havia anunciado que encerrar o acordo com a entidade futebolística nacional.

Com a rescisão, a empresa economiza US$ 5 milhões em patrocínio e, a partir de agora, deverá focar os investimentos em marketing esportivo no patrocínio aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Confira abaixo o curto comunicado enviado pela P&G:

“A P&G Brasil informa que rescindiu o contrato com a Confederação Brasileira de Futebol e portanto não é mais patrocinadora da Seleção Brasileira desde junho de 2015. A decisão se baseia em cláusula do contrato que prevê a rescisão caso haja algum fato que possa oferecer riscos à preservação da imagem da companhia”.

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