Com inflação resistente, economistas apostam em queda de 3,62% do PIB em 2015 e IPCA de 10,61%

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Não bastasse o preocupante acirramento da crise política, fruto da incompetência e da teimosia da presidente da República, o cenário econômico piora com o passar das semanas, situação que tem tirado o sono de todos os brasileiros. Mesmo assim, Dilma Rousseff insiste em ignorar o óbvio e afirmar que tudo não passa de um “momento de travessia”.

De acordo com o mais recente Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (14), as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram em 2015 e 2016. Segundo os economistas consultados pelo Banco Central (BC), o IPCA de 2016 saltou de 6,70% para 6,80%, mas é preciso considerar que até o final do próximo ano ainda há doze tenebrosos meses. Em relação a 2015, a aposta para o índice oficial de inflação migrou de 10,44% para 10,61%, décima terceira elevação consecutiva.

Com o ano de 2015 no apagar das luzes e a economia brasileira em frangalhos, a alta dos chamados preços administrados colocam o Brasil à beira do precipício da crise. O mercado financeiro nacional espera que em 2015 a alta dos preços administrados alcance incríveis 18%, contra 17,65% da previsão anterior. Para o próximo ano, a expectativa pulou de 7,35% para 7,50%. O BC considerou elevação de 52,3% da tarifa de energia elétrica em 2015, alta de 17,6% do preço da gasolina e de elevação de 21,7% do preço do botijão de gás.


No tocante às taxas de juro, os economistas apostam que em 2016 a Selic encerrará 2016 em 14,63% ao ano, contra 14,25% da previsão anterior. Para o ano que está terminando, o Copom, em sua última reunião, manteve a Selic em 14,25%. Esse quadro mostra que não será tão cedo que a economia retomará o caminho do crescimento, pois altas taxas de juro impedem a atividade econômica como um todo.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) a expectativa é igualmente ruim. De acordo com o Boletim Focus, em 2015 o PIB terminará o ano com retração de 3,62%, contra 3,50% estimado na semana anterior. Isso mostra que certo estava o UCHO.INFO que no corrente ano o desempenho da economia verde-loura se aproximaria dos 4% negativos. Em relação a 2016, a previsão dos economistas para a retração da economia nacional saltou de 2,31% para 2,67%.

Os especialistas do mercado financeiro preveem dias difíceis para a produção industrial, o que mostra de forma inequívoca que os próximos anos serão extremamente difíceis em termos econômicos. Os economistas alteraram a previsão para a produção industrial de 2015 de -7,60% para -7,70%. Para 2016, a queda é ainda maior: passou de -2,40% para -3,45%.

Na seara do câmbio, os economistas ouvidos pelo BC apostam no dólar valendo R$ 3,90 até o final deste ano, contra R$ 3,95 da aposta anterior. Para 2016, a expectativa de cotação do dólar permaneceu inalterada pela sétima semana seguida, em R$ 4,20.

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