Inflação medida pelo IPC-S encerra 2015 acima de 10%, puxada pela alta da energia e da gasolina

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) ficou em 0,88% no final de dezembro, o que levou o mais temido fantasma da economia, a inflação, a acumular alta de 10,53% em 2015, índice muito acima do teto do programa de metas fixado pelo governo federal.]

Divulgados nesta segunda-feira (4) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os números mostram que a alta foi puxada pelos aumentos de preços de energia elétrica e da gasolina. De janeiro a dezembro de 2015, a tarifa de eletricidade residencial acumulou alta de 49,43%, seguida pela gasolina (20,33%), que teve seu reajuste autorizado no final de setembro.

Influenciaram também o IPC-S a elevação dos preços de condomínio residencial (17,9%), tarifa de ônibus urbano (15,39%) e refeições em bares e restaurantes (8,5%).

No último mês de 2015, quatro das oito classes de despesa que compõem o IPC-S registraram recuo nas respectivas taxas de variação. A maior contribuição partiu dos preços relativos ao grupo transportes (de 1,09% para 0,80%).


Também registraram decréscimo nas taxas de variação os grupos habitação (de 0,48% para 0,37%), educação, leitura e recreação (de 1,04% para 0,80%) e comunicação (de 0,13% para 0,10%).

Na contramão desse movimento foram registradas altas nos segmentos alimentação (de 1,67% para 1,75%), vestuário (de 0,61% para 1,01%), despesas diversas (de 0,32% para 0,42%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,66% para 0,67%).

A se confirmar o registro feito pela FGV, que coloca a inflação no maior patamar da última década, o aumento do salário mínimo, que desde 1º de janeiro vale R$ 880, simplesmente foi anulado. O que conforma que a política econômica adotada pelo governo da presidente Dilma Vana Rousseff continua avançando na seara do equívoco.

Muito além dos crimes cometidos no âmbito da Lei de Responsabilidade Fiscal, o impeachment de Dilma se justificaria apenas pela grave e crescente econômica, fosse o Brasil um país sério e se a maioria da população tivesse sangue nas veias e vergonha na cara. Como esse quadro está longe da nossa realidade, o brasileiro terá de suportar esse desgoverno, corrupto e incompetente, até 31 de dezembro de 2018. Até porque, pelo desenrolar dos fatos Dilma Rousseff não sairá do Palácio do Planalto tão cedo. Enfim…

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