Nesta quinta-feira (7), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff falou sobre as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, as quais, na opinião da petista, tiveram como meta sua vida pessoal e política, “viradas do avesso”. Ela ponderou que acerca da sua condita não há “nenhum embaçamento ou questão pouco clara”.
“Tenho clareza que devo ter sido virada ao avesso e tenho clareza também, até porque entendo de mim mesma, que podem continuar me virando do avesso. Sobre minha conduta não paira nenhum embaçamento, nenhuma questão pouco clara”, afirmou Dilma.
A chefe do Executivo federal criticou o que chamou de “vazamento e espetacularização” das denúncias que atingem integrantes do governo, como os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social), e integrantes do PT e dos partidos da base aliada. Para a petista, não pode haver “dois pesos e duas medidas para ninguém no Brasil”.
“Tenho muito medo da espetacularização e vazamentos porque os vazamentos não se dão num quadro de responsabilidade de apuração. Quando se derem nesse quadro, é importante ser difundido para a população. Mas não é possível ter dois pesos e duas medidas para ninguém no Brasil”, declarou.
Dilma também afirmou que é preciso garantir aos acusados o amplo direito de defesa, mas enfatizou que, apesar do apoio ao trabalho do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Justiça, grande parte das informações vazadas têm na mira políticos ligados ao governo.
“Não são as instituições que vazam [as informações]. Não vem que não tem. O jogo não é esse”, disse Dilma, que preferiu não detalhar os autores dos vazamentos.
Considerando o fato de que o Brasil ainda é uma democracia e que como tal contemplo o direito à livre manifestação do pensamento, Dilma pode dizer o que quiser, mas é impossível dar crédito à dissimulação que reina no núcleo duro do governo petista.
A respeito das investigações sobre sua conduta, Dilma está completamente equivocada, pois os integrantes da força-tarefa da Lava-Jato já mapearam a participação da petista em alguns escândalos de corrupção, mesmo que sua atuação não tenha sido direta. Não se pode esquecer que a corrupção na Petrobras ganhou força no período em que Dilma foi chefe da Casa Civil, presidente do Conselho de Administração da estatal e presidente da República. Ademais, coube a Dilma dar a palavra final sobre a compra da superfaturada e obsoleta refinaria de Pasadena, no Texas.
Não obstante, Dilma foi conivente com o Petrolão, maior escândalo de corrupção da história moderna, que garantiu a ela e ao então presidente Lula apoio no Congresso Nacional.
Informações obtidas pelo UCHO.INFO com exclusividade apontam que autoridades da Lava-Jato já identificaram de forma inequívoca o envolvimento de Dilma e Lula no esquema de corrupção que derreteu os cofres da Petrobras. Diferentemente do que pensa a maioria das pessoas, crime não é apenas recepcionar o dinheiro da corrupção, mas ser conivente com o mesmo. E se Lula não foi preso até agora é porque faltou coragem ou boa vontade daqueles que investigam o Petrolão.
