Líder do PPS solicitará à PGR abertura de inquérito contra ministro Jaques Wagner, da Casa Civil

jaques_wagner_1005

Deputado federal pelo PPS do Paraná e líder da legenda na Câmara, Rubens Bueno ingressará, na sexta-feira (7), com representação na Procuradoria-Geral da República solicitando a abertura de inquérito contra o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. O pedido decorre do suposto envolvimento de Wagner em tráfico de influência junto ao governo federal para beneficiar a empreiteira OAS com a liberação de recursos públicos. Para o parlamentar, a Casa Civil é utilizada como balcão de negócios do PT.

Rubens Bueno defendeu avanços nas investigações da Operação Lava Jato principalmente sobre o suposto envolvimento do ministro em negociações obscuras envolvendo os cofres públicos. O deputado considerou graves as denúncias que pesam contra Jaques Wagner.

“A ligação dele com o ex-presidente da OAS levanta muitas dúvidas especialmente pelo notório envolvimento de Léo Pinheiro em todo esse escândalo denunciado pela Lava Jato. O STF precisa investigar o ministro Jaques Wagner até mesmo para saber até onde foi o seu envolvimento na roubalheira aos cofres públicos patrocinada pelo PT. É isso que queremos descobrir”, disse.

Bueno afirmou que todas as indicações feitas pelo PT na Casa Civil serviram apenas para tratar dos “grandes negócios” do PT. Para ele, Wagner “tem currículo” para estar no cargo.


“José Dirceu, Dilma Rousseff, Erenice Guerra, Antônio Palocci, todos indicados pelo PT. Nomeiam pessoas experientes para a Casa Civil para ali cuidar dos grandes negócios que atendam os interesses do PT. Tudo para o partido se manter no poder a qualquer preço e beneficiar os companheiros. Pelo o que tudo indica, o ministro Jaques Wagner foi ali para cumprir esse papel. Já vinha cumprindo em outros tempos como governador da Bahia. Ou seja, ele tinha o currículo adequado para ocupar”, criticou.

É importante salientar que, tirante José Dirceu, atualmente preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Grande Curitiba, Erenice Guerra e Antonio Palocci Filho deixaram a pasta debaixo de rumorosos escândalos, os quais até o momento não foram esclarecidos, apesar de decisões dúbias e absolutórias da Justiça.

Fosse o Brasil um país minimamente sério e Dilma uma governante responsável, Jaques Wagner já teria sido afastado do cargo durante as investigações, a exemplo do que fez o então presidente Itamar Franco com seu chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves.

Acusado de corrupção, Hargreaves ficou fora do governo durante alguns meses, enquanto a Polícia Federal, com carta branca de Itamar, investigava as denúncias. Inocentado pela própria PF, Henrique Hargreaves reassumiu o comando da Casa Civil, com muito mais força e poder do que antes.

apoio_04