Líder norte-coreano se reúne com cientistas que coordenaram último teste atômico do país

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Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, reuniu-se com cientistas e técnicos que participaram do teste nuclear que o regime totalitarista de Pyongyang realizou na última semana, em encontro no qual defendeu a importância do fato como elemento de “dissuasão”.

A KCNA, agência estatal de notícias, revelou como foi o encontro em nota distribuída nesta segunda-feira (11) e que inclui uma foto de Kim com os responsáveis do programa nuclear norte-coreano. A agência não detalhou a data do “ato comemorativo”.

A nota assegurou que o líder defendeu a necessidade de a Coreia do Norte contar com um elemento de “dissuasão nuclear confiável”. Ainda afirma que se está convencido de que cientistas e técnicos norte-coreanos segurião colhendo “avanços contínuos” após o ímpeto que lhes fez “testar com sucesso a bomba H”.

Na última quarta-feira (6), Pyongyang anunciou que havia realizado seu quarto teste atômico subterrâneo e que pela primeira vez tinha feito explodir debaixo da terra uma bomba de hidrogênio.

O artefato seria mais poderoso que os detonados pela Coreia do Norte em seus testes de 2006, 2009 e 2013, embora os especialistas duvidem que o país tenha conseguido desenvolver uma bomba H com base no alcance que teve a explosão.


Prévio aviso

Em setembro de 2015, o governo norte-coreano informou que sua principal instalação nuclear, o complexo de Yongbyon, retomara seu funcionamento normal. Na ocasião, a agência estatal KCNA divulgou que o país estava em processo de aprimoramento de armas nucleares “em qualidade e quantidade”.

O reator de Yongbyon havia sido fechado em 2007, mas Pyongyang prometeu reabri-lo em 2013, após seu terceiro teste nuclear e em meio a fortes tensões regionais.

Desde a última rodada de sanções da ONU (Organização das Nações Unidas), em 2013, a Coreia do Norte lançou uma série de ameaças contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. O governo comunista de Pyongyang usa de forma reiterada o discurso ameaçador e belicoso em relação a países considerados inimigos.

Em 1994, sul-coreanos estocaram alimentos durante uma onda de pânico causada pela ameaça, feita por um negociador norte-coreano, de transformar o país em um “mar de fogo”, afirmação que desde então foi repetida diversas vezes.

Depois que o então presidente George W. Bush, dos EUA, incluiu, em 2002, o país asiático no chamado “eixo do mal”, Pyongyang afirmou que “dizimaria os agressores sem piedade”.

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