Obama e Putin concordam em estreitar cooperação no caso da beligerante e devastada Síria

obama_putin_1001

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em uma maior cooperação para a paz na Síria. Durante telefonema, os dois líderes acertaram uma intensificação da cooperação diplomática e da cooperação em outros setores, acordo com informações divulgadas neste domingo (14) pelo Kremlin.

Ambos os chefes de Estado avaliaram como positivo o acordo sobre a Síria obtido em Munique, especialmente os esforços para um cessar das hostilidades e para possibilitar chegada de ajuda humanitária à população civil.

Além disso, na chamada telefônica também foi ressaltada a necessidade de contatos estreitos entre os ministérios da Defesa russo e americano para combater com sucesso o “Estado Islâmico” e outros grupos terroristas. Putin também se disse a favor de uma luta conjunta contra o terrorismo.

De acordo com o Kremlin, Putin e Obama também falaram sobre a guerra no leste da Ucrânia. O presidente russo exigiu que o governo de Kiev implemente os pontos acordados há um ano em Minsk, incluindo a concessão de um estatuto especial aos territórios de população russa no leste.


Em 12 de fevereiro de 2015, as partes em conflito concordaram com um plano de paz em Minsk, que, no entanto, avança lentamente. Ambos os lados se acusam mutuamente pelos atrasos.

Reunidos em Munique, na Alemanha, representantes de 17 países, incluindo Rússia e EUA, concordaram na última quinta-feira (11) em “cessar as hostilidades” na Síria e ampliar o acesso de ajuda humanitária no país, se comprometendo a implementar o acordo no prazo de uma semana.

A Rússia apoia o regime de Damasco com bombardeios aéreos, mas o Ocidente acusa Moscou de também alvejar civis e a oposição moderada.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a Rússia continua bombardeando opositores do regime sírio. Jatos russos realizaram pelo menos 12 ataques na madrugada de sexta para sábado no norte do país, conforme a entidade. Os alvos seriam áreas próximas à cidade de Asa e outras localidades perto da fronteira com a Turquia. Em Asa, estariam abrigadas milhares de pessoas que fugiram da crescente violência e ataques aéreos na região. (Com agências internacionais)

apoio_04