CPI do BNDES: deputado pedirá em relatório paralelo indiciamento de Fernando Pimentel

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Vice-líder do PPS na Câmara dos Deputados e membro da CPI do BNDES, Arnaldo Jordy (PA) prepara relatório paralelo onde pedirá o indiciamento do atual governador de Minas Gerais e ex-ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, suspeito de receber vantagens indevidas de empresa que mantinham relações comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição vinculada ao MDIC.

A proposta do deputado de oposição uma reação ao relatório oficial apresentado nesta terça-feira (16) no colegiado por José Rocha (PR-BA) e que não traz qualquer pedido de indiciamento.

O parlamentar do PPS pretende protocolar o parecer alternativo na próxima reunião da CPI. A solicitação de indiciamento de Pimentel terá como base documentos oficiais recebidos pela comissão parlamentar de inquérito que reforçam a necessidade de aprofundamento das investigações contra o atual governador mineiro.

“Esta Casa já está de posse de dados enviados pelo Coaf que são movimentações estranhas, para ser bondoso no termo, e que foram praticadas pelo senhor Pimentel e de toda aquela rede que são alvo, inclusive de órgãos de investigação deste país”, justificou.


À CPI foram enviados dados sigilos da OPR Consultoria que seria ligada Pimentel. Os deputados também receberam informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) sobre movimentações financeiras de empresas ligadas ao ex-ministro, bem como de transações efetuadas diretamente por ele.

O deputado do PPS pretende ainda levar cópia de seu relatório ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União.

Cheiro de pizza

Arnaldo Jordy lamentou que a CPI, após meses de trabalho, não tenha sequer cumprido a sua pauta de requerimentos.

“Cerca de 2/3 das propostas aqui apresentadas sequer foram apreciadas. Saio frustrado porque não ouvimos o senhor Pimentel, o grupo JBS, entre outros que foram a razão de ser desta comissão”, acrescentou.

O parlamentar também lamentou que a CPI, em determinado momento, tenha se recusado a ouvir um técnico do TCU que investigou irregularidades no BNDES.

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